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sábado, 26 de março de 2011
sábado, 19 de março de 2011
Ergonomia no ambiente de biblioteca
RESENHA
Ergonomia no ambiente de bibliotecas
Rogerio Carlos Petrini de Almeida[1]
O artigo elaborado por Wilhelms (2011) comenta aspectos de ergonomia que devem ser observados pelos bibliotecários visando a um melhor conforto geral e bem estar deste e aos usuários da biblioteca
A autora traz a definição de ergonomia como uma disciplina multidisciplinar e os aspectos do homem relacionado a todo o conjunto que está relacionado ao seu ambiente de trabalho e a sua permanência neste, e as conseqüências provenientes. Como multidisciplinar alcança áreas como fisiologia, antopometria, toxicologia, desenho, informática administração e assim por diante no que toca a soluções adequadas ao conforto dos envolvidos e seu relacionamento.
Relata a autora que a origem da ergonomia está na pré-história quando o homem procura adaptar objetos e ambiente para melhor viver. Desenvolve-se a partir da Revolução Industrial, quando surge a necessidade de melhores ganhos e exigência de melhorias nas condições de trabalho. Em 1929 o Instituto de Pesquisa sobre Saúde no Trabalho, efetuava pesquisa de postura, iluminação, ventilação, etc. visando melhoria no trabalho, um passo para em 1949 ser criada a ciência da Ergonomia, que evolui até nossos dias.
Segundo a autora o objetivo da ergonomia é introduzir melhorias no sistema de trabalho, adaptando as condições à capacidade e necessidades do homem, o que seria “adaptar o trabalho ao homem”, o que nem sempre é fácil ou simples e requer estudo, planejamento e a participação de diversos profissionais de diversas áreas, o que consolida sua multidisciplinaridade.
No texto está apresentado a classificação de Ergonomia por Alain Wisner em: de concepção – relativo ao material, objetos e ambiente; de correção – soluções de problemas, postura; de conscientização – adaptações e reconhecimento fatores de risco e novas transformações de ambiente. No que se refere a normatização o Brasil conta com a Associação Brasileira de Ergonomistas, atuante na área e a questão de ergonômica esta regulamentada pela portaria Ministerial n. 3751/90, sob a norma NR 17, que visa estabelecer parâmetros a análise ergonômica do trabalho que devem ser realizadas por profissionais capacitados.
No tocante a análise, nos postos de trabalhos, deve ser abordado assuntos relativos à antropometria – medidas físicas do corpo humano que permitem projetar objetos e equipamentos ao uso adequado do homem e por sua vez a cada elemento humano seja homem, mulher, alto, baixo. Outro assunto é a Biomecânica, estudo das leis da física aplicada ao corpo humano, sejam em atividades estáticas ou dinâmicas. O assunto postura no trabalho e determinado de acordo com a tarefa cumprida, em pé, sentada ou alternada, em movimento ou parado. O mobiliário é um objeto a ser analisado quanto a seu uso funcional – se estão projetado para o uso projetado, e não-funcional – sem adequação necessária ao desempenho da atividade, tipo: mesa alta, cadeira baixa.
Outro tópico levantado pela autora é relativo aos equipamentos que devem estar com adequação necessária especialmente os incorporados a área de trabalho. Os avanços produzidos pelas novas tecnologias requerem uma observação de novos comportamentos. A introdução de computadores mudou posturas e comportamentos em atividades que o requerem. As condições ambientais (temperatura, acústica, iluminação) confortáveis desoneram o trabalhador e usuário do estresse que más instalações proporcionam. Para uma biblioteca uma boa iluminação proporciona uma boa leitura, já o intenso calor do sol provoca deterioração dos documentos, já que onde se localiza os acervos é recomendado uma temperatura entre 18 a 23 graus Celsius com umidade relativa entre 50 e 65%.
A organização de trabalho em qualquer ambiente está relacionada a fatores que influenciam no desempenho produtivo, aspectos como: normas de produção, modo operatório, exigência de tempo, determinação de conteúdo, ritmo de trabalho e conteúdo de tarefas são itens que devem ser conhecidos e ter aplicado normas de verificação ergonômica visando melhor resultados.
A autora finaliza concluindo que na ergonomia a análise não é tão simples vistos os vários fatores envolvidos, e que a relação custo/benefício é ponderadora, mas que as aplicações quando se há um estudo adequado são benéficas. Vê a necessidade da promoção de capacitação via seminários, congressos, etc. em um mundo de modernidade e transformação constante.
O texto desperta para um conhecimento da ciência Ergonômica, e nos conduz a refletir sobre o ambiente da biblioteca com seu acervo de livros que se movimentam das estantes as mãos do usuário, seja para leitura local ou empréstimo, em ambientes na maioria das vezes adaptado e com poucos recursos. Contudo se aplicado um novo olhar com o pensamento na ergonomia se pode tirar algum proveito que beneficie o conforto do leitor e a satisfação do bibliotecário.
REFERÊNCIA
WILHELMS, Tania Marli Stasiak. Ergonomia em Bibliotecas. Porto Alegre. 2011. 24 p.
[1] Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Gestão de Ambientes (BIB03337), ministrada pela Professora Patrícia Mallmann Souto Pereira. Porto Alegre, mar. de 2011. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com. Resenha publicada no Blogue - http://rogeriopetrinialmeida.blogspot.com/.
sexta-feira, 18 de março de 2011
Ciclo
água de um rio!
que corre solta,
vida - destino,
água limpa,
que turva e apodrece.
morre - vida!
segue seu curso,
arreia, pedra, tropeço!
é a vida,
evapora, retorna...
renasce.