Pesquisar neste blog

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Estudo de público

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE BIBLIOTECONOMIA E COMUNICAÇÃO

 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA INFORMAÇÃO

CURSO DE MUSEOLOGIA

 

 

 

 

Rogerio Carlos Petrini de Almeida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROJETO DE ESTUDO DE PÚBLICO PARA UM MUSEU EM PORTO ALEGRE COM BASE NOS REGISTROS DO LIVRO DE PRESENÇA

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 Porto Alegre

2015/2 

 

 

 

 

Rogerio Carlos Petrini de Almeida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PROJETO DE ESTUDO DE PÚBLICO PARA UM MUSEU EM PORTO ALEGRE COM BASE NOS REGISTROS DO  IVRO DE PRESENÇA

 

 

 

 

 

 

 

Projeto apresentado como requisito parcial para aprovação na Disciplina Estudo de Público em Museus (BIB03123), ministrada pelo Prof. Eráclito Pereira. Curso de Museologia, da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

 

                                                                   

 

 

 

 

 

 

 

 

Porto Alegre

  2015/2

LISTA DE TABELAS

 

 

 


Tabela 1 Previsão dos recursos humanos. 13

Tabela 2 Previsão dos recursos materiais. 14

Tabela 3 Previsão dos recursos financeiros. 14

Tabela 4 Cronograma de atividades. 15

Tabela 5 Número de visitantes por cidade. 19

                             

 

 

      LISTA DE GRÁFICOS

 

Gráfico: 1 UF e quantidade de visitante. 17

Gráfico: 2 Gênero do visitante. 18

Gráfico: 3 Visitante por Município. 19

 

 

     LISTA DE QUADROS

 

 

Quadro: 1 Países de procedência dos visitantes. 17


SUMÁRIO

 

1 INTRODUÇÃO.. 6

1.1 O que se pergunta para estudo deste público. 6

1.2 Hipótese para execução do estudo de público. 7

1.3 Justificativa. 7

1.4 Contexto de estudo. 7

2 OBJETIVOS. 9

2.1 Objetivo geral 9

2.2 Objetivos específicos. 9

3 REFERENCIAL TEÓRICO.. 10

3.2 Estado da arte. 10

3.3 Museu ou Pinacoteca. 10

3.4 Visitantes de Museus. 11

3.5 Estudo de usuários e necessidades de informação. 12

4  METODOLOGIA.. 13

4.1  Tipo de estudo. 13

4.2 Sujeito de estudo. 13

4.3  Instrumento de coleta de dados. 13

4.4  Procedimento de coleta de dados. 14

4.5  Plano de análise dos dados. 14

4.6  Limitações do estudo. 14

5 PREVISÃO DE RECURSOS. 15

5.1 Recursos humanos. 15

5.2 Recursos materiais. 15

5.3 Recursos financeiros. 16

6 CRONOGRAMA.. 17

7 ANÁLISE DA PARCELA DO PÚBLICO ESCOLHIDO.. 18

8 COMENTÁRIOS FINAIS. 23

REFERÊNCIAS. 24

APÊNDICE A: MODELO DE TABELA PARA ANÁLISE DOS DADOS.. 25

APÊNDICE B: MODELO DE GRÁFICO PARA ANÁLISE DOS DADOS.. 26

 

 

 


1 INTRODUÇÃO

 

O conhecimento do público de um Museu, trabalhar na melhoria e qualidade dos produtos e serviços oferecidos aos visitantes deve estar alicerçado no estudo sobre o público presente e não presente, visando a essencialidade e meios de satisfazer os visitantes. Embora a crescente preocupação com os resultados da atuação dos Museus sobre seu público visitante, ainda se tem a percepção de que os estudos são escassos a esse respeito.

 É notório que cada instituição museológica tem suas características próprias, e por vezes funciona com recursos diminuídos, tanto financeiros como de pessoal, mas privilegia seus visitantes com seu acervo e sua intenção de interagir com este público promovendo de alguma forma uma transformação e acréscimo ao seu conhecimento.

Eidelman e Roustan (2014) em seu artigo sobre os estudos sobre o público partem de uma série de colocações entre as quais sobre as diferentes ações que determinam a política para o público de um museu, sobre as lógicas de difusão da cultura e pluralidade de seus usos ocorrência de fatores econômicos e sociais, visionado como uma ferramenta e estratégia cultural.

A seção II da Lei 11.904 de janeiro de 2009, em seu art. 28 parágrafo segundo diz: “Os museus deverão promover estudos de público, diagnóstico de participação e avaliações periódicas objetivando a progressiva melhoria da qualidade de seu funcionamento e o atendimento às necessidades dos visitantes.” Porém o que se observa é a ausência desse atendimento ao requisito da Lei, isto possivelmente, pela falta de recursos na ordem do Museu.

No Museu utilizado como exemplo para este projeto, se observa a inexistência de um estudo de público de forma continuada, razão pela qual se percebe a necessidade da realização deste projeto e como parte do assunto se torna imprescindível analisar o fluxo dos visitantes que por ali circulam.

Este trabalho visa auxiliar à instituição a entender a origem dos visitantes que circulam em seu espaço de exposição.

A análise permitirá compreender melhor as necessidades do visitante e proporcionar melhorias necessárias a satisfação destes observadores. Orientar a equipe de trabalho no sentido de promover melhores expectativas para este público.

 

1.1 O que se pergunta para o estudo deste público

         Qual é a principal procedência do público que visita o Museu?

 

1.2 Hipótese para execução do estudo de público

O público visitante do Museu tem origem em outras praças.

A maioria do visitante desta instituição é constituída do gênero feminino.

 

1.3 Justificativa

O crescente interesse pelos Museus em conhecer seu público e o que fazer para cativá-lo seria uma justificativa plausível, porém a legislação federal já abraça a preocupação pela necessidade de um estudo efetivo do público que se utiliza deste espaço cultural.

O presente estudo se alicerça na necessidade de contribuir com esta pequena parcela de uma visão sobre um espaço específico e sobre um público visitante que talvez passe despercebido dentro do cotidiano da cidade e do espaço do museu. Há uma crescente utilização do espaço cultural proporcionado pelo Museu e saber de onde vem este público poderá proporcionar novas visões estratégicas da equipe do Museu.

 

1.4 Contexto de estudo

O estudo está focado em um Museu, localizado no centro de Porto Alegre, sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, tendo a supervisão administrativa da Secretaria Municipal de Cultural. O acervo é tombado e se constitui de importantes obras de artes regionais e nacionais. O prédio onde está localizado é igualmente tombado e é um ponto turístico da cidade

 O Museu ora utilizado para estudo será identificado como Museu “A”, pois trata-se de um projeto para fins de estudo de uma disciplina acadêmica.

 

1.4.1 Missão e Visão do Museu “A”

Não foi identificada a missão e a visão estabelecida para este espaço cultural.

 

1.4.2 Estrutura Organizacional

A estrutura organizacional do Museu “A” é composta por:

a) técnicos culturais;

b) assistentes administrativos;

c) estagiário

 

1.4.3 Recursos Institucionais

O Museu “A” ocupa um amplo espaço físico e conta com um lugar adequado para a guarda das obras de arte.

Tem a sua disposição sete salas de exposições em espaço com característica do prédio eclético, histórico, construído no inicio dos anos de 1900, para a ocupação da intendência local, o que o torna um atrativo por si só. Há espaço para exposição temporária e conta com um rico acervo de obras de artes: pinturas desenhos e esculturas.

 

 


2 OBJETIVOS

Apresentam-se o objetivo geral e os específicos que fundamentam a proposta deste trabalho de pesquisa.

 

2.1 Objetivo geral

Conhecer a procedência do visitante que frequenta o Museu “A”, sobre o público que deixa seu registro no livro de presença.

 

2.2 Objetivos específicos

Os objetivos específicos são delineados de maneira que o seu cumprimento consolide a construção dos objetivos gerais e está distribuído nos tópicos abaixo de maneira que interagem com a pesquisa a ser aplicada.

 

a) verificar a origem do público visitante do Museu;

d) apurar a frequência do público por localidade;


3 REFERENCIAL TEÓRICO

Para a realização deste estudo de público em Museu será necessário um referencial teórico que permita a contextualização, com o intuito de atingir o objetivo geral e os específicos inicialmente propostos.

 

3.1 O Museu “A”

 Instituição sem fins lucrativos[1], sob a gestão da prefeitura Municipal, está localizada em privilegiado ponto de circulação na capital gaúcha. Em seu entorno há uma ampla rede de transporte público que facilita seu acesso e nas suas proximidades tem amplo comércio de todas as tipologias que atraem diariamente um número considerável de população. O prédio em que se encontra é tombado e marco histórico da cidade. O interior do prédio que apresenta uma arquitetura eclética com características positivista é um atrativo a visitação.

 

3.2 Estado da arte

Em pesquisa realizada no Google acadêmico (2015), verificou-se 80 artigos reportando-se a instituição utilizada para o estudo, nenhum apresentou um estudo de público relativo àquele ambiente.

 

3.3 Museu ou Pinacoteca

               Extrai-se um trecho da dissertação de Rocha (2014) que nos remete a identificação de um conceito de pinacoteca:

  [...] que comporia um imaginário de galeria das grandes obras nacionais. [ ...] Estamos diante do surgimento de um museu que nasce de ações museológicas para reconfigurar um espaço que ao olhar contemporâneo já era museológico, pois a Pinacoteca apresentava dinâmica características de um museu tradicional e constituía-se em espaço de guarda , aquisição, conservação e exposição ( p.22) (grifo nosso).

 

              A autora evidencia a comparação de uma galeria e coloca as funções de um museu tradicional, o que se articula com a colocação de uma definição apresentada no site Conceito[2] (2015) em que diz que a pinacoteca é uma galeria ou museu de pintura derivando de um vocabulário latino com raízes na língua grega. Ainda refere-se que é um espaço destinado a exposição de obras artísticas com predominância de características do pictório. Que outras tipologias de museus podem contar com um espaço para exposição de sua própria pinacoteca, não necessariamente sendo seu principal objetivo.

O que nos remete que a pinacoteca, é uma tipologia de museus que tem a preferência pelas coleções de pinturas, porém são presenciadas em núcleos de museus que seguem outras propostas de formação de coleções e exposição.

 

3.4 Visitantes de Museus

 

Os produtos e serviços oferecidos pelas instituições culturais, assim como toda a organização e disponibilização da informação nos variados suportes estão direcionados a satisfazer demandas informacionais das pessoas, ou seja, dos usuários, clientes ou visitantes.

Alguns autores, entre eles Sanz Casado (1994, p. 19) definem, “o usuário da informação como aquele indivíduo que necessita da informação para o desenvolvimento de suas atividades.” Analisando esse conceito, entendemos que todos nós como indivíduos pertencentes a uma sociedade, necessitamos das fontes informacionais para atender nossas demandas, e progredir visando melhorar e desenvolver novos conhecimentos.

Outro aspecto a ser destacado está relacionado com os avanços tecnológicos e com os recursos da Internet e web. Na atualidade as bibliotecas contam com dois tipos de usuários: o presencial, que utiliza o espaço ou ambiente físico da unidade de informação para suas leituras e pesquisas e, o não presencial, que segundo Hervaz, Gómez e Mondéjar (2002), utiliza os serviços como consulta ao catálogo e bases de dados valendo-se da Internet e sem frequentar a biblioteca.  O mesmo pode ser comparado ao visitante dos museus, que hoje tem a sua disposição o ambiente da internet, para consultar o site da instituição e principiar seu conhecimento e interesse em uma visitação presencial ou simplesmente, navegar pelas páginas e fazer uma visita virtual, obtendo algumas informações do acervo e do museu.

 

3.5 Estudo de usuários e necessidades de informação

 

A partir da definição de usuário, faz-se oportuno apresentar o significado do estudo de usuários e as suas necessidades de informação.

O estudo de usuários da informação constitui um conjunto de investigações cujos resultados permitem planificar e melhorar os sistemas de informação. Em geral, a observação sistemática do usuário oferece uma ferramenta de grande valor para tomar decisões, tanto do ponto de vista da gestão das unidades de informação, como da perspectiva do bibliotecário ou documentalista que dia a dia atende seus pedidos. (TERUEL, 2005, p. 23, tradução nossa).

 

Dessa maneira, o estudo de usuários de uma unidade de informação se constitui em parâmetro que permite conhecer a qualidade dos serviços e produtos oferecidos. Esses resultados servirão de análise e permitirão tomar decisões e fazer as adaptações necessárias para a satisfação plena do público.

Com relação à importância do estudo de usuários em um sistema de informação, Pinheiro (1982, p. 1) comenta que:

Os estudos de usuários da informação são importantes para o conhecimento do fluxo de informação científica e técnica, de sua demanda, da satisfação do usuário, dos resultados ou efeitos da informação sobre o conhecimento, do uso, aperfeiçoamento, relações e distribuição de recursos de sistemas de informação e tantos outros aspectos direta ou indiretamente relacionados à informação.

 

A realização de um estudo de usuários ou público é um meio de conectar a unidade de informação com a comunidade. Ele auxilia a na gestão e na tomada de decisões, na previsão de demandas ou na mudança de rumos e estratégias. Permite a disponibilização certa dos recursos focada nos usuários e busca a melhoria na qualidade dos produtos que as pessoas necessitam para satisfazer as demandas informacionais ou de lazer.

 


4  METODOLOGIA

 

A continuação será apresentada a metodologia empregada nesta atividade de estudo, visando atender o objetivo geral e os específicos. Descreve-se o sujeito e tipo de estudo, os instrumentos de coleta de dados, os procedimentos e tratamento da coleta e por fim, as limitações do trabalho.

 

4.1  Tipo de estudo

O tipo de estudo quanto à forma de abordagem se caracteriza como uma pesquisa quali-quantitativa, pois será utilizado o registro de livro presença, na busca de se qualificar e quantificar as informações. Poderá ser interpretada, igualmente, como uma pesquisa documental, por se utilizar de registros produzidos pela instituição. Também será utilizada a observação, sobre os campos existentes no registro de presença, buscando identificar o gênero do visitante. Com relação à natureza da pesquisa, a mesma se enquadra dentro das aplicadas, já que objetiva gerar novos conhecimentos para aplicá-los à solução de um problema específico. Quanto ao objetivo, é uma pesquisa descritiva, pois, busca-se descrever a situação apresentada. De acordo com o procedimento, o estudo é um levantamento, pois envolve a composição de uma população de visitantes do Museu “A”, cuja procedência se deseja conhecer.

 

4.2 Sujeito de estudo

Os visitantes do Museu “A”, que assinaram o livro de presença e que preencheram os campos que possibilitam esta pesquisa. O período pretendido pela pesquisa é de janeiro de 2015 a agosto de 2015. A amostragem é integral pelo número de pessoas que assinaram o livro formando a população da amostra. Será considerado o público masculino feminino, como um conjunto único e sob a forma distinta quando existir a possibilidade de separação pelo nome.

 

4.3  Instrumento de coleta de dados

Segundo Pádua (2000) a etapa de coleta de dados é o ponto de partida dentro da fase do desenvolvimento da pesquisa. O objetivo é reunir os dados pertinentes relacionados ao objeto a ser investigado.

O instrumento de coleta de dados será o livro de presença existente no Museu “A”, que contem informações a respeito dos campos nome, localidade e data.

 

4.4  Procedimento de coleta de dados

Os dados serão obtidos através do livro presença e serão digitalizados por fotografia, abrangendo o período e recorte estipulado pelo sujeito de estudo.

 

4.5  Plano de análise dos dados

Os resultados serão transformados em dados estatísticos representados por gráficos e tabelas (modelos Apêndice A e B).

Os dados coletados pelo livro presença serão transcrito para um banco de dados (uso da base access) utilizando alguns mecanismos de comparação desta base de dados para observar os nomes presente no livro. A classificação na ordem alfabética é um dos mecanismo a serem observados, a quantificação pela indicação geográfica é outra maneira de verificação de dados.

 

4.6  Limitações do estudo

 

Entre as limitações que podem se apresentar durante a realização do trabalho aparecem as seguintes:

a) Impossibilidade de obtenção dos dados pela grafia ilegível;

b) Preenchimento das informações de forma incompleta;

c) Riscos e impertinência ao pesquisado, existente no livro de presença.

d) O tempo limitado a ser utilizado para a realização da pesquisa.

 


5 PREVISÃO DE RECURSOS

 

Leme (2011) afirma que: “prever é essencial desde que desejemos cuidar sobre qualquer ação”. Neste estudo o pesquisador terá o máximo interesse em obter bons resultados e para isso fará as previsões necessárias para o desenvolvimento do trabalho.      

 

5.1 Recursos humanos

 

Na visão de Torres (2011), os recursos humanos são constituídos por: “Agentes ativos e proativos dotados de inteligência e criatividade, iniciativa e decisão, habilidades e competências e não apenas de capacidades manuais, físicas ou artesanais.” 

No presente trabalho haverá apenas a pessoa do pesquisador que se deterá  na busca pela obtenção dos dados, na realização de levantamentos, tabelas e na preparação e revisão do relatório final.

 

Tabela 1 Previsão dos recursos humanos

Recursos humanos

Atividades

 

 

Rogerio Petrini

 Todas as atividades

Fonte: Autor

 

 

5.2 Recursos materiais

A enciclopédia de Gestão Knoow.net (2011) destaca que: “Os recursos materiais de uma organização incluem os equipamentos e utensílios utilizados pela organização, as instalações fabris e administrativas, as tecnologias e processos utilizadas na produção e na gestão.” Os recursos materiais utilizados e, necessários para a obtenção do trabalho final serão agrupados a continuação:

a) lápis, canetas e papel para anotações;

b) papel tipo A4, para relatório final;

c) computadores e impressora, pessoais;

d) transporte próprio e público:

e) máquina fotográfica.

 

Tabela 2 Previsão dos recursos materiais

Recursos materiais

Quantidade

Lápis

1

Papel rascunho

3 fl.

Papel A4

30 fl.

Caneta

1

Veiculo Particular

5 l de gas

Ônibus

4 p

Internet

2 semanas

 

 

Fonte: Autor

 

 

5.3 Recursos financeiros

Os recursos financeiros de uma organização representam os meios monetários detidos por essa mesma organização (ou a capacidade de obtê-los) e que podem ser utilizados no financiamento da atividade corrente ou na realização de novos investimentos.” (KNOOW.NET, 2011).

A previsão dos recursos financeiros está relacionada com a previsão dos recursos materiais e está apresentada conforme a tabela a continuação:

 

Tabela 3 Previsão dos recursos financeiros

Tipo

Unidade

Valor

Custo

Caneta

1

1,5

1,5

Lápis

1

1,0

1,0

Papel rascunho

3 fl.

0,04

0,12

Papel A4

30 fl.

0,04

1,20

Tinta

1 cartucho

29,90

3,00

Transporte

4 passagens

4,00

16

Internet

2 semanas

60,00

30,00

Veiculo próprio

5 l

3,30

16,50

Fonte: Autoria nossa

 


6 CRONOGRAMA  

 O seguinte cronograma servirá como instrumento de identificação das atividades e o tempo que demandará a realização de cada uma delas. As atividades serão desenvolvidas ao longo de nove semanas e são representadas no cronograma pela letra “S”.

 

Tabela 4 Cronograma de atividades

Atividade/Semana

S1

S2

S3

S4

S5

S6

S7

S8

S9

Escolha da Instituição

x

 

 

 

 

 

 

 

 

Pesquisa sobre a instituição

x

x

 

 

 

 

 

 

 

Visita ao Museu “A”

 

x

 

 

 

 

 

 

 

Apontamentos da visita

 

x

x

 

 

 

 

 

 

Revisão da literatura

 

 

x

x

x

X

x

x

 

Coleta de dados

 

 

 

x

x

 

 

 

 

Planilha dos dados

 

 

 

 

 

X

 

 

 

Discussão dos dados

 

 

 

 

 

X

x

 

 

Elaboração do relatório

 

 

x

x

x

X

x

x

 

Entrega do relatório

 

 

 

 

 

 

 

 

x

Apresentação do relatório

 

 

 

 

 

 

 

 

x

  Fonte: Autor

 

 


7 ANÁLISE DA PARCELA DO PÚBLICO ESCOLHIDO

Neste tópico aborda-se os resultados da pesquisa proposto por este trabalho sobre  estudo de público, esclarecendo que é um estudo acadêmico, que não exaure as possibilidades de outros estudos. Trata-se de um estudo de público que foca em um recorte temporal, limitado aos oito primeiro meses do ano de 2015 e sobre um público que deixou sua marca no livro de presença.

O público que assina o livro é um público de visitante importante pois, faz questão de anotar sua presença e sua participação na exposição.

 O livro presença utilizado foi o livro de presença localizado na sala de exposição do mesmo andar da portaria. Estava localizado logo na entrada, podendo ser visto na saída do único acesso, portanto de fácil percepção ao visitante.

Se tem uma noção clara de que o livro de presença não é assinado por todos os visitantes, e se supoem que este livro passa desapercebido por alguns, face ao desconhecimento de sua importância, ou mesmo da sua existência, ou mesmo por se sentirem com algum constrangimento, quanto ao devo ou não assinar o livro, e, ou o por quê devo assinar o livro. Entretanto os que ali deixam sua presença, são visitantes conscientes se não por experiências em outras instituições e outras situações onde deixaram seu registro, o fazem para constar o “eu estive aqui”. De qualquer forma os visitantes continuam se presenciando nestes livros, que os museus e as instituições culturais colocam a disposição do público. Documento que em algum momento será contemplado em estudos, com o agora acontece.

Do livro de presença foram apurados 999 visitantes, que passam a ser analisados de forma qualitativa e quantitativa através de gráficos e tabelas adiante expostos.

 Inicialmente se intencionou em conhecer o público que retornou ao espaço e se era frequente tal hábito. Procurou-se pela coincidência de nomes para se contatar:  quem, quantos e quantas vezes, um determinado visitante retornou ao espaço cultural. Levantou-se que 11 pessoas retornaram para ver ou rever as exposições da sala um, analisada. Apenas duas pessoa visitou a mesma exposição por duas vezes. Outras duas visitou as três exposições que fazem parte deste período de estudo. Sete pessoas visitaram exposições alternadas. Dez visitantes de Porto Alegre e um do interior do Estado gaúcho. Este público, neste recorte, representa 1% da população apurada.

Há de se considerar que 79 nomes não puderam ser identificados claramente, o que representa 7,9% do público, que não foi considerado, em questão de gênero e ou com possibilidades de identificar seu retorno ao espaço cultural.

 

 

O gráfico adiante demonstra a participação de visitante  por unidade federativa,  ilustração que ressalta a participação massiva do Rio Grande do Sul, mas que coloca em visibilidade a participação de grande maioria das unidades federativas.

Gráfico: 1 UF e quantidade de visitante

clip_image002

Fonte: Auto, 2015

 

 

Quadro: 1 Países de procedência dos visitantes

 Identificado no gráfico acima a sigla “PP”, para outros países totalizando 23 nações, abrangendo todos os continentes.visitantes

UF

país

   

pp

alemanha

pp

argentina

pp

austria

pp

chile

pp

colombia

pp

coreia

pp

dinamarca

pp

espanha

pp

eua

pp

frança

pp

irlanda

pp

Itália

pp

Japão

pp

México

pp

Nicarágua

pp

Philipinas

pp

Portugal

pp

Suíça

pp

Uruguai

pp

Usa

pp

Zâmbia

Fonte: Autor, 2015

 A presença feminina supera levemente a presença masculina destacando-se uma superioridade pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. São 51,7% de presença feminina por 48,3% de presença masculina, constatado no livro de presença pelos critérios adotados, de classificação de gênero pelo entendimento do nome.

 

Gráfico: 2 Gênero do visitante

clip_image004

Fonte: 1 Autor, 2015

 

O gráfico subsequente registra a forte presença do presença do público porto-alegrense, e a participação do municípios do interior que totalizam 49 unidades. Representadas no gráfico apenas os que tiverem mais de três pessoas na visitação do espaço cultural utilizado como estudo. 

 

Gráfico: 3 Visitante por Município

clip_image006

Fonte: Autor, 2015

 

A tabela seguinte lista apenas municipios com mais de quato registros de visitantes por localidade.

Tabela 5 Número de visitantes por cidade

visitantes

ContarDeexposição

cidade

UF

4

alvorada

rs

4

bento gonçalves

rs

15

canoas

rs

4

gravatai

rs

18

novo hamburgo

rs

4

pelotas

rs

451

Porto Alegre

rs

7

santa maria

rs

17

são leopoldo

rs

7

viamão

RS

     

Fonte: Autor, 2015

Em relação as observações realizadas nos registros do livro presença se constatou algumas anotações:

 - três escolas assinaram o livro presença registrando a quantidade de alunos, duas com 23 alunos e outra com 84 pessoas, sendo que desta última se contatou pela localidade e pela marcação a assinatura de 34 alunos diante dos 84 indicados (oitenta alunos e quatro professores).

- foram contatado apenas quatro  anotações pejorativas, quanto ao registro de nomes, e outras duas elogiando a exposição.

- 92 pessoas não indicaram sua cidade ou Estado, apenas se fizeram presente pelo nome colocado no livro de presença

- Foram registradas no livro três exposições, realizadas uma a cada três meses.

 


8 COMENTÁRIOS FINAIS

O livro de presença utilizado como objeto deste estudo teve significativa importância para principiar os estudos deste público diferenciado, que deixa registrada a sua presença no espaço que visita.  Demonstra por seu conteúdo, que neste espaço, o mito de grande público que rabisca os livros de presença, com pejorativos, esta ficando enfraquecido. Uma significância que os serviços oferecidos são bem aceitos. A hipótese levantada sobre a maioria ser constituída de público feminino se confirma, a presença e participação feminina na apropriação deste espaço cultural são perceptíveis especialmente no âmbito da capital cujos visitantes se apresentam em maior número, porém não se distanciando em muito do público masculino. O fato pode estar relacionado a presença maior de grupo feminino em ambiente escolar, nos meios produtivos e na participação da sociedade, como um todo.  Os registros de uma parcela de visitantes estrangeiros e de outras unidades federativas remetem a considerar a projeção da pinacoteca fora os limites do Estado. No que se refere ao público ter origem em outras praças, verifica-se que 55% dos visitantes registrados no livro procedem de outros municípios do Rio grande do Sul, de outros Estados Brasileiros e outros países, mas apresenta a significativa parcela de 45 % de visitantes locais.

 O Estudo ora realizado não é exaustivo apenas principia um olhar sob o quanto as informações ali registradas, no livro de presença, podem oferecer subsídios para um estudo do visitante de uma unidade.

 Conhecer a procedência geográfica, o gênero deste público, abre conhecimento que permite buscar contribuições que poderão ampliar as satisfações das necessidades destes visitantes.


REFERÊNCIAS

 

EIDELMAN, Jacqueline ; ROUSTAN, Mélanie.  Estudo sobre público: pesquisa fundamental, escolha de políticas e apostas operacionais. In: O lugar do público: sobre o uso de estudos e pesquisas pelos museus. Eidelman, Jaqueline; Roustan, Mélanie; Goldstein, Bernardete. São Paulo: Iluminuras – Itu cultural. 2014. P. 13-40

KNOOW.NET. Recursos financeiros. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/recursos_financeiros.htm>. Acesso em: 12 set. 2011.

 

­______. Recursos materiais. Disponível em: <http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/recursos_materiais.htm>. Acesso em: 12 set. 2011.

 

LEME, Ruy Aguiar da Silva. Porque Prever? Disponível em: <www.rausp.usp.br?dowalOAD.ASP?FILE=1803096.pdf>. Acesso em: 12 set. 2011.

 

PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: abordagem

teórico-prática. 6. ed. rev. ampl. Campinas: Papirus, 2000. 120 p.

 

PINHEIRO, Lena Vânia Ribeiro. Usuário – Informação: o contexto da ciência e da tecnologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1982. 66 p.

 

ROCHA, Claudia Maria. Da pinacoteca ao Museu, historicidade processos museológicos. (2014). Disponível em: <http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&ved=0CDUQFjAEahUKEwiG3rS6lKDIAhUEjJAKHQchD3g&url=http%3A%2F%2Fwww.teses.usp.br%2Fteses%2Fdisponiveis%2F103%2F103131%2Ftde-13022015-104640%2Fpublico%2FClaudiaRochaREVISADA.pdf&usg=AFQjCNEcDHlIVedjKhRaofZNpNhmh-24Dw&sig2=ofkwOjI6B72EmAhyRaz47g> Acesso em: 30 set. 2015.

 

SANZ CASADO, Elias. Manual de estudios de usuários. Madrid: Fundación Germán Sanchez Ruiperez, 1994. 279 p.

 

SILVA, C. C. M.; CONCEIÇÃO, M. R.; BRAGA, R. C. Serviço de coleções especiais da biblioteca da Universidade Federal de Santa Catarina: estágio curricular. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, v. 9, p. 134-140, 2004. Disponível em: <http://acbsc.org.br/revista/ojs/viewarticle.php.?id=102>. Acesso em: 16 out. 2011.

 

STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administração. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1982.

 

TERUEL, Aurora González. Los estudios de necesidades y usos de la información: fundamentos e perspectivas actuales. Gijón: Ediciones Trea, 2005. 181 p.

 

TORRES, Henderson Carvalho. Administração de recursos humanos. Disponível em: <http://www.portaladm.adm.br/ARH/arh1.htm>. Acesso em: 12 set. 2011.

 

             

 


 

APÊNDICE A: MODELO DE TABELA PARA ANÁLISE DOS DADOS

 

 

 

 

Soma de ContarDesexo (d,m,f)

Rótulos de Coluna

Rótulos de Linha

f

m

Total geral

am

4

2

6

ap

 

1

1

ba

2

2

4

ce

2

1

3

df

13

14

27

es

2

2

4

go

2

2

4

ma

1

1

2

mg

13

9

22

ms

1

1

2

pa

6

4

10

pb

2

 

2

pe

2

2

4

pp

16

22

38

pr

16

16

32

ra

2

 

2

rj

21

16

37

rn

2

2

4

ro

3

 

3

rs

266

263

529

sc

12

7

19

se

4

 

4

sp

33

29

62

to

 

1

1

Total geral

425

397

822

 

51,7

48,3

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

APÊNDICE B: MODELO DE GRÁFICO PARA ANÁLISE DOS DADOS

 

 

clip_image007



[1] Lei 11904/2009.    Art. 1o Consideram-se museus, para os efeitos desta Lei, as instituições sem fins lucrativos que conservam, investigam, comunicam, interpretam e expõem, para fins de preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de qualquer outra natureza cultural, abertas ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento.

[2] CONCEITO. Pinacoteca. Disponível em:< http://conceito.de/pinacoteca#ixzz3nEbCjhHr> ou < Conceito de pinacoteca - O que é, Definição e Significado>. Acesso em; 30 set. 2015.