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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um exemplo de conhecimento tácito e conhecimento explícito baseado no texto “De dar inveja à Fidel”

Um exemplo de conhecimento tácito e conhecimento explícito baseado no texto  “De dar inveja à Fidel”

Rogerio Carlos Petrini de Almeida[1]

 O presente trabalho tem a finalidade de identificar a aplicação de conhecimento tácito e de explícito, no texto “De dar inveja em Fidel”, inicialmente se procurou  em conceituação de conhecimento  tácito encontrados com alguma  facilidade em dicionários e textos da internet,  resumindo aí temos: tácito – do latim – não expresso por palavras; adquiridos ao longo do tempo da vida; intrínseco e inerente a habilidade da pessoa, ligado a pessoa,  com base nestes princípios destaca-se do texto os seguintes trechos: . “O escritor, por sua vez, era um admirador dos charutos produzidos manualmente por Menendez, na pequena fábrica da Menendez & Amerino,”  [.....]“A produção é totalmente artesanal, do plantio à confecção, exatamente da mesma forma que o pai de Félix, Alonso Menendez, fazia em Cuba até a tomada do poder por Fidel Castro.” ; [...] “a secagem das folhas de fumo é feita uma a uma e o processo de fermentação é acompanhado pessoalmente pelo diretor da fábrica, Arturo Toraño. Primo de Félix” [...].  A primeira e segunda colocação evidência o conhecimento tácito pela manifestação de conhecimento da pessoa na produção e no plantio manual, conhecimentos intrínsecos que lhe permitem um reconhecimento nesta produção artesanal; e podemos dizer que a admiração aos charutos também emana conhecimento próprios da pessoa, na terceira citação vê-se que o processo é acompanhado pessoalmente pelo Senhor Aturo o que ressalta a pura manifestação do conhecimento adquirido ao longo dos anos, tácito. A secagem das folhas já pode nos induzir ao conhecimento explícito – do latim: formal; é aquele claro, regrado, facilmente comunicado, pode ser formalizado em texto, desenho.
Ainda para destacar o conhecimento explícito retira-se do texto a seguinte passagem: “conquista é um tipo peculiar de fumo desenvolvido nos últimos dois anos em parceria com a escola de agronomia da Universidade Federal da Bahia. A planta usada nos charutos da empresa é uma variante obtida de cruzamentos de variedades cubanas com brasileiras.”; de onde se percebe que a demanda produz conhecimentos formalizados, regrados, registrados e que podem ser seguidos sem perda de conhecimento, ao contrário do tácito que está contido na pessoa e com ela se perde.

Para se relacionar o conhecimento tácito e o conhecimento explícito busca-se o seguinte episódio: “A região do Recôncavo Baiano é, no território brasileiro, a que mais se aproxima em condições climáticas e de solo à principal área produtora de Cuba, Piñar Del Rio. Mas, mesmo com as semelhanças, é praticamente impossível produzir por aqui habanos como os caribenhos", diz Félix.” O conhecimento explicito identifica a região, condições  semelhanças de clima mas o conhecimento tácito do Sr. Felix, registra a dificuldade de se ter um produto igual ao de Cuba.

Resta esclarecer que o conhecimento tácito e conhecimento explícito se completam e relacionam em cada individuo, formando este, talvez, um ser único.  O texto bem demonstra exemplificando pelos dados estatísticos, pesquisa, condições climáticas identificadas pelo homem, e por ele registradas, ao mesmo tempo reflete a experiência e conhecimento arraigado nas pessoas da família Menendez. 


REFERÊNCIA

Exame.com. De dar inveja a Fidel. Revista Exame. São Paulo Ed. Abril, ed. 916. 2008.Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0916/noticias/de-dar-inveja-em-fidel-m0156973 Acesso em: 03 set. 2011.




[1]              Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Gestão do Conhecimento (BIB03225), ministrada pela Professora Maria do Rocio Fontoura Teixeira. Porto Alegre, set. de 2011. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com. Blogue - http://rogeriopetrinialmeida.blogspot.com/.

Gestão de inovação

RESENHA

GESTÃO DE INOVAÇÃO:

Previsão (Foresight), Inteligência Competitiva e Gestão de conhecimento

 

Rogerio Carlos Petrini de Almeida[1]

 

Os autores Canongia, Santos, Santos e Zackiewicz, dialogam a sinergia promovida pela trilogia: previsão; inteligência competitiva e gestão de conhecimento no âmbito da gestão da inovação, buscando caracterizar cada uns dos itens, e relacioná-los, quanto ao estímulo que podem causar no contexto da inovação.

Para as empresas a capacidade de inovar vem sendo objeto de desejo e sobrevivência, a gestão de inovação agrupa instrumentos e metodologias que possam produzir inovação. A gestão de inovação ocorre a nível interno das organizações pelas construções das competências e interação de conhecimentos e a nível externo ocorre na intermediação dos seus negócios, quando capta um contínuo de conhecimento e absorve atualizações e competências do mercado fornecedor. De onde se pode vislumbrar uma grande cadeia cíclica de oferecer e receber informações que vão sendo transformadas e renovadas.

Os autores relatam Foresight (previsão, conhecimento antecipado) como uma forma de interpretar o futuro, de análise das possibilidades futuras. Uma ferramenta da Gestão de inovação que: pensa; debate e modela o futuro, com compromisso de inovar. O segundo ponto alcançado é o tocante a inteligência competitiva, como um sistema de monitoramento de tendências e de conhecimentos, que possibilitam aprendizagem sobre seus concorrentes. O terceiro processo é a gestão do conhecimento, como um procedimento articulado para estabelecimento do fluxo informacional para a absorção de toda a organização, ressaltando, neste ponto, o ativo intangível fundamentado no capital humano/capital intelectual, este nas formas de conhecimento tácito, adicional, e codificado.

Os autores estabelecem um modelo de convergência para a gestão de inovação, sintetizando a três abordagens, quanto às funções semelhantes de se obter e produzir informação; quanto aos resultados voltados a tomadas de decisão; todas fomentam a organização em rede e dá suporte a criação de inovações e por fim se configuram flexíveis em sua metodologia.

A colocação dos autores em que o ato de inovar não deve prender-se a direção organizativa, mas estar presente na estrutura desta, desde a sua base, no entanto não descarta a essencialidade do comando diretivo. Por outro lado coloca que a gestão do conhecimento é promotora de codificação e circulação do conhecimento interno, enquanto que a inteligência competitiva atua como fornecedora de meios aquisitivos de conhecimento sobre o ambiente externo, ações que promovem uma rede comunicativa de informação, o networking. O exercício de foresight estaria relacionado com as interações das duas outras abordagens.

Os autores finalizam justamente, comentando a adoção da interação sobre as três abordagens, para ser obtida sinergias persuasivas de inovar e deixam sugestão de se estabelecer procedimentos e avanços metodológicos em busca de melhores resultados.

Diria que a gestão de conhecimento principia-se nos mais variados segmentos empresariais, ora aparece codificado ora no alcance de um dirigente, contudo sem muita divulgação de seu entendimento, mas observa-se que os avanços tecnológicos disseminados nas organizações permitem uma amplitude de comunicação, em rede, o que viabiliza o alcance de informações proporcionando, dessa maneira, conhecimento e fortalecendo um desejo de promover melhorias ou de inovar. A competição entre as organizações são fomentadores de monitoramento de seus concorrentes, que resulta no acumulo de informações e promovem os mecanismos de inteligência competitiva, mais uma vez a informação orientando a decisão circulando no seio da empresa e dando suporte a condições de inovar. Gerenciar inovações não é tão somente ter estas duas abordagens é interagir com o exercício de foresight, para de fato produzir a inovação, que pode surgir de qualquer parte da estrutura organizacional, ligada em rede comunicativa e sintonizada no seu propósito. A gestão de inovação é oferecer instrumento de forma adequada que possam conduzir ou despertar a capacidade de inovar do indivíduo ou da coletividade, oferecendo informação na forma das três abordagens: Gestão de conhecimento - Foresight – Inteligência competitiva.

 

REFERÊNCIA

CANONGIA, Claudia; SANTOS, Dalci M.; SANTOS, Marcio M e ZACKIEWICZ, Mauro. Foresight, inteligência competitiva e gestão do conhecimento: instrumentos para a gestão da inovação. São Carlos-SP: Revista Gestão & Produção, v.11, n.2. p.231-238. Mai.-ago. 2004.

 



[1] Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Gestão de conhecimento( BIB03225), ministrada pela Professora Maria do Rocio Fontoura Teixeira. Porto Alegre, Nov. de 2011. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com.