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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Moeda de níquel 1871 a 1889 – Moedas de Troco – Moeda miúda.

 


Moeda de níquel  1871 a 1889 – Moedas de Troco – Moeda miúda.

Período do Império D. Pedro II.

A moeda de níquel é uma moeda fiduciária que vale, não pela importância intrínseca da matéria com que é feita, mas pela fé que merece o estado emissor. Periódico O Tempo (RJ) agosto de 1892. O primeiro país a emitir moedas em níquel foi o Estados Unidos, em 1853.

 São tidas como moedas de troco, pois  atendem o disposto no artigo 9  do Decreto 4820/1871 será dada e recebida até a quantia de 1$000 (mil réis).

Eram intituladas como de “Nickel”, em sua época de circulação, na atualidade são tidas como de cuproníquel, presumo em face de sua composição metálica.

Moedas de 50 rs (Réis) ($50) - cunhagem – 1886 a 1888.

Moedas de 100 rs (Réis) ($100) - cunhagem – 1871 a 1889.

 Moedas de 200 rs (Réis) ($200) - cunhagem - 1871 a 1889.

Em 1902 começa o resgate das moedas cunhadas no Império.

No Annaes da Câmara Brasileira RJ, sessão 30/06/1870 no tópico Artigos aditivos, diz no item 4: Fica o governo autorizado a fabricar uma moeda de 50 a 100rs, de 25 partes de cobre e 75 partes de níquel, a última na razão de 15g e a primeira de 8g.

Anteriormente em 1862 foi lembrado o fabrico de moedas em níquel, porem foi deixado de lado pela falta de experiência quanto ao material. O pioneiro na emissão de moedas em níquel, foi os Estados Unidos, em 1853.

No Almanak  Adm. Merc. Ind. Do RJ de 1870 se tem o registro de que a Casa da Moeda não teria condições de atender a falta de moeda que imperava no país, portanto buscaram a solução de cunhagem  na Bélgica e o fabrico de discos nos Estados Unidos.

O DECRETO Nº 1.817, DE 3 DE SETEMBRO DE 1870 Manda fabricar moedas de troco de um metal composto de níquel e cobre em seu artigo primeiro determina  que  são de um metal composto de 25 partes de níquel e 75 de cobre. E o parágrafo primeiro intitula que as peças de moeda deste metal serão de 200 Réis, com peso de 15 gramas, 100 Réis, com 10 gramas e de 50 Réis, com 7 gramas. Obedecendo ao Decreto 4820 de 18.11.1870 que descreve as características a serem empregadas ao cunho da moeda, o artigo 8 diz: estas moedas mostrarão no anverso os algarismos representativos de seus valores tendo por baixo a palavra réis e por inscrição as palavras decreto n. 1817 de 3 de setembro de 1870 e no reverso a coroa Império tendo por cima o dístico Imperio do Brazil e por baixo a era do cunho determinando o contorno liso. No artigo 6 deste decreto se reporta a composição e pesos mencionados anteriormente e a composição dos módulos em milímetros, ficando a de 200 Réis com 32mm, a de 100 Réis com 27mm e a de 50 Réis com 22mm.

As moedas cunhadas de 1871 a 1885 apresentam-se sob estas características observando que as letras são em maiúscula tendo a inscrição no anverso separada por uma estrela e no reverso a data de cunho fica entre duas estrelas, borda e fundo liso.

As moedas produzidas a partir de 1886 até 1900 têm no seu anverso o fundo linhado, são cunhadas pela Casa de Moeda do Rio de Janeiro. A partir de 1889 muda as características em face do novo regime estabelecido pela República.

A lei 1837 de 27.09.1870 autoriza a o fabrico das moedas de níquel, e tendo-se constatado que a Casa da Moeda do Brasil, não atenderia a demanda, celebrou-se um contrato em 17.02.1871 com o diretor da casa de moedas em Bruxelas – Bélgica, para o fabrico de 100.000kg em moedas da liga em níquel. O Contrato foi refeito e assinado novamente em setembro do mesmo ano.

Verificado o depósito da Casa de moeda do Brasil a existência de 2.000:000$000, limitaram a cunhagem de moedas de 200 Réis (15g) e 100 Réis (10g), não se registra o momento desta limitação, pois já em março/1872, haviam recebido 9.245 kg que produziram a quantia de 103:011$100 (simplificando 103 milhões de réis ou 103 contos), em 126.277 peças de 200 Réis e 597.557 peças de 100 Réis, ora se contabilizarmos o valor pela quantidade de moedas teremos uma sobra de 18:000$000, que poderiam ser convertidas em 360.000 moedas de 50 Réis, uma vez que o registro de contagem das peças foi sobre as de 200 e 100 Réis. A relação peso vezes peças não foi considerada em virtude da tolerância no peso na peça, mesmo assim há uma sobra em relação a quantidade recebida.

 Assim no quadro a seguir tento colocar algumas informações que coletei ( arquivo digital da Biblioteca Nacional), mas com a insegurança de sua correção, tento remeter a interpretação do obtido que muitas vezes se repete em datas subseqüentes, sugerindo a imprecisão da data do fato. Quanto as quantidades de moedas, não sendo as obtidas em catálogos, fica estabelecida a proporção de 60% para moedas de 100 Réis e 40% para as moedas de 200 Réis, seguindo a premissa de moedas de menores valores serem cunhadas em maior quantidade.

Há um desconforto em não se ter uma informação mais precisa, pois, os catálogos existentes, se lançam em catálogos mais antigos, repetindo lacuna e se focando a precificação das moedas.  Que mesmo em consulta ao GOV.BR, direcionada aos meios competes e ao objetivo de se ter maiores informes sobre a década de 1870, retornaram indicando o livro de Caffarelli (ótimo livro, que uso como referencia), por não possuírem tais dados, penso que a Casa da Moeda destruiu todos os seus registros antigos, mas me lancei em uma pesquisa nos periódicos da época, onde encontrei muitos registros de produção de moedas fornecido naquela época pela Casa da Moeda, mas por serem em noticiosos não seguem uma sistemática com pormenores, por exemplo, não indicam a era ou a quantidade de peças por valores, na maioria dos casos. Há exemplo, verifica-se no contido no Almanack Administrativo, Mercantil e Industrial do RJ 1844/1885, que o “Thesouro” disponibilizava relatórios do meio circulante. Digo apenas que é lastimável para reconstrução de memórias, o não se ter os documentos disponíveis para interpretação dos fatos. Neste meu enfoque o que vou conseguindo esparsamente, tendo montar algo que traduza a produção de moedas, quantidade, características, documentação pertinente, fatos agregados, mas com o sentimento de imprecisão.

Seguindo, identifica-se neste período dos anos de 1870 a 1890, a escassez de moedas para troco, a emissão de bilhetes e vales, a falsificação de moedas de cobre, o termino da guerra do Paraguai em 1870, com reflexo na emissão de moedas como anota a sessão do Parlamento de março de março de 1877 que registra a emissão de 40:000$000, para pagamento da dívida com a Guerra do Paraguai.

O Catálogo de Hermann Porcher (1642-1935) não menciona as era de 1872,  1873, 1879, 1881, 1885. O Catálogo de Arnaldo Russo de 1987, mão menciona as era de cunho de 1873 para as moedas de 100 rs, e as era de 1872, 1873, 1879, 1881, 1883 e 1885, para as moedas 200 rs cunhadas no período do Império.

O Livro de Caffareli,(2002)não menciona a era de 1873 para as moedas de 100rs, e as era de 1879, 1881 e 1885, para as moedas de 200rs. O catálogo Vieira de 1993, não precifica as moedas de 100rs e 200rs, do ano de 1873, e as de 200rs, do ano de 1879,1881,1883.

 O período da circulação em réis  em níquel ou cuproníquel ocorre de 1871 a 1942. O cuproníquel tem sido utilizado ao longo dos anos até 2001, com alternância de moedas em outros metais.

 

 

 

 

Tem como sugestão a quantidade, baseada em valores, na proporção 60% para 100rs, e  40% para 200rs, correspondente ao ano do fabrico, pois não se tem a era da moeda fabricada. 

Ano moeda

observação

50 rs

22 mm - Peso: 7,00 g Esp: 2,22mm

Bordo: liso

100 rs (1 tostão)

Ø 27 mm –

 Peso: 10,00 g Esp: 2,00 mm

Bordo: liso

200 rs (2 tostões)

 Ø 32 mm –

 Peso: 15 g

Esp: 2,25 mm

Bordo: liso

 

Moedas de NÍQUEL  produzidas durante o Império – D. Pedro II

Composição 25 partes de níquel e 75 de cobre – CUPRONÍQUEL.

Anverso com algarismo de valores e inscrições e reverso com a coroa do Império. Borda Lisa. Fundo liso

1870

Em 30.06.1870 autorizada fabrico de moedas de 50rs, com 8g e 100rs, com 15g. Liga 75%de níquel e 25% de cobre. Talvez aqui se tenha o entendimento de moeda de nickel e posteriormente por inverter a composição o entendimento de cuproníquel.

Decreto 1817/03.09.1870 – autoriza o fabrico de moedas, 50, 100 e 200 reis.

Decreto 4820 – Defini as características da moeda de níquel.

Lei 1837 de 27.09.1870 autoriza despesas de 450:000$000 para cunhagem de 100.000kg de moedas.

O site moedas do Brasil imprimi a imagem, de 50rs, refletindo a legislação de 1870, porém não confirma sua circulação. Aparece também imagem de moeda em níquel rosa com a cruz de cristo ao lado direita da data 1871 (sugestão da casa da moeda para diferenciar as cunhadas na Bélgica)– mas sugere uma prova. O livro Moedas do Brasil 1645-1888, de João X. Motta diz que as moedas de 50rs foram cunhadas como ensaio

 

1871

Bélgica, Cunho 1871 

 



 O contrato com a casa da Bélgica foi assinado em 17.02.1871, conforme Decreto, porém houve legação da necessidade de fabrico de moedas de 100 e 200rs. Foram entregues em 03.1871 – 103.011$100, em moedas  597.557 de 100 rs e 216.277 rs,  Almanak Ad, RJ ano 1871.Anunciando também o recebimento 27.502,47kg,  aproximados 320:000$000, sem contagem de peças. O Jornal do Recife de 07.06.1872, é mais preciso e coloca que o contrato de fevereiro foi reformulado com vantagens, e assinado novamente em  21 de setembro. Foi estabelecido um  prazo de 2 anos para a entrega das moedas, sendo que a primeira entrega foi analisada e constatado algumas imperfeições, por isso o contrato foi limitado ao 100.000 kg.

Almanak Adm. RJ, ano 1873 – registra para ano exercício 1871-1872 emissão 566:666$000 em moedas da Bélgica. O tesouro Nacional informa em 30.03.1872 que serão posta em circulação as moedas de 100 e 200rs, a partir do mês de abril de 1872.

 Distribuíram até 31de dezembro  150:000$000.

Os catálogos de Russo 1897 e Porcher de 1956,  Vieira -1993, Panetta- 1980, anotam para a moeda de 50 Réis a era de 1871, mas não informam a quantidade.

 O livro de João S. da Gama Catalogo da Biblioteca Nacional de 1885, registra a exigência de uma moeda de 50 réis com data de 1871 (observa sua raridade por não ter circulado), bem como as de 100 e 200 réis, que faziam parte do Catalogo da exposição de História do Brasil.

 

 

1871

 

 

597.557

216.277

 

1872

Bélgica (1.131:472$600) fabrica

100.000kg, entregues até 06.1873 Cunho 1871.

Estimado utilizando o Catálogo estimado . 

 

 

 

 

6.788.836

4.006.368

 

 

 

 

2.262.945

3.655.528

 

 

Catálogos (Prober, Cafarelli ) é aproximada. 

 

4.000.000

3.650.000.

 

Outros que consultei seguem estes autores.

O livro de Caffarelli pg.129 e 130, não quantifica as moedas apenas insere a quantidade de 200rs no ano de 1873. 

 

A Revista de numismática  de 1933,  publica artigo sobre a cunhagem da moeda de 1872, afirmando a cunhagem da moeda com cunho de 1872, em produção limitada para atender a necessidade de troco até a remessa das moedas produzidas da Bélgica, com cunho do ano de 1871, enviado pela casa da Moeda. Que a Casa da Moeda para diferenciar o cunho de 1871 realizado pela Bélgica, introduziu a Cruz de Malta ao lado da data. Comenta que muitos exemplares circularam tendo em vista o desgaste das mesmas em vista da sua circulação. Comenta exemplares com  data emendada para 1882.

 

 

Caffarelli

 

100

 

 

Almanak Adm. Merc do RJ,  anota que foram emitido 150:000$000, destas moedas, até 31.12.1872. O Balanço da Receita e Desp. Do Império anota a emissão de 434:048$000 para o exercício de 1872. O Catalogo Panetta, de 1980, precifica moedas com data cunhada com o ano de 1872, para moedas de 100 rs.

artigo Memorial do RJ, revista de doc. hist. RJ, 1894-1954, registra que o sistema decimal adotado desde 1872, para as moedas: para o níquel, (25 partes de níquel e 75 de cobre) são de 200, 100 e 50 réis. Bronze de 40,20 e 10 réis,  e as de ouro e prata.

 

 

1873

A lei 2348 de 25.08.1873 autoriza o fabrico de moedas em níquel em 650:000$000 de despesas.

 

 

Aditivo de 14.03.1873 despende 200:000$000 com a cunhagem de níquel. (Annaes do Parlamento Brasileiro (RJ) - 1826 a 1888)

 

Há uma apontamento no fabrico de 13:000$000 pela Casa da moeda (60/40%) 78.000 moedas de 100 rs e 26.000 moedas de 200 rs.

 

78.000

26.000

 

 

Registra-se as receitas em moeda de níquel a soma de 01.544:826$000, para o ano de 1873.

 

Hermann Porcher  Catálogo 1635/1935 não registra moedas para a era de 1872, 1873. 1879, 1881, 1885. Catalogo de Vieira 1993, não registra moedas o ano de 1873.

 

1874

Casa da moeda

 Almanak Ad, RJ ano 1874 a1875, registra a soma de 216.959$100, para o ano. Subtraindo as peças anteriores  se estima em 60/40%.

 

895.254

 

298.418

 

1875

Casa da moeda

Fabrico de moeda na importância de 128:380$000. Almanak Adm. RJ. ano 1875.estimei  60/40%.

 

770.281

256.760

 

1876

Jornal de Recife de agosto de 1877 informa que a Casa da Moeda e a Bélgica,  cunhou-se de abril.1875 a outubro.1876 a importância de 2.848:701$700- Ora, subtraindo a cunhagem da Bélgica sobraria 717.999$100 para a casa da moeda, excluindo-se as de 1875 teríamos uma sugestão de valor de 589:619$000 para o ano de 1876.

 

 

 

   

 

3.537.714

  

 

 

1.179.238

1877

Almanak Adm. RJ. ano 1879

Aponta a aponta para o exercício de 1877/78 a cunharam-se 624:029$000

 

 

 

 

 

 

 

3.744.174

 

 

 

1.248.058

O jornal do Recife em edição de 06.02.1879 anota  que a casa da moeda fabricou 624:029$000,no exercício 1877/1878. E que a Bélgica forneceu a importância de 1.331.472.600, ou seja, mais 200:000$000, em moedas de 100 e 200rs.

 

1.200.000

400.000

 

 

 

 

 

 

1878

O Jornal do Recife edição de 06.02.1879, noticia que a casa da moeda cunhou no ano de 1878 a soma de 373:600$000.

O Almanak Adm  aponta para o exercício  1878/79 que até então cunharam –se 706.629$100.

 

 

 

 

2.241.600

 

 

 

747.200

 

1879

 

 

 

 

 

 

1880

Almanak Adm. RJ, ano 1880

 Diz que a Casa da moeda cunhou de novembro 1879 a março de 1880 a soma de  82:600$000

Em moedas de 100 e 200rs

 

 

 

 

495.600

 

 

 

165.200

 

1881

 

 

 

Sem registro quantitativo nos catálogos

 

Sem registro nos catálogos de Russo e Porcher.

 

1882

O Jornal do Recife de 17.05.1882 informa que a casa da moeda cunho em 10 meses a quantia de 81.600$00, e que em 31.03.1882 existia a soma de 148:800$0000

 

 

 

 

 

O Catalogo Vieira de 1993, precifica dois tipo de cunho para a era de 1882, um onde ano não tem ponto e outro onde o ano possui um ponto entre o oito e o dois.

 

1883

Receita com fabrico de nickel, 20:000$000 - Annaes da Câmara,

O Catálogo de Arnaldo Russo de 1987 registra apenas moedas de 100rs.

 

 





2.709.000


Sem reg. No Catalogo de Russo e Porcher


 




 

1884

Receita com fabrico de nickel, 20:000$000 - Annaes da Câmara.

 

 

 

 

1885

Receita com fabrico de nickel, 20:000$000- Annaes da Câmara. Estimado as moedas em 60/40%.

 

200.000

Sem cunhagem

(Cafarelli)

 

 

Fundo linhado

 Quantias citada a seguir seguem o livro de Caffarelli. Salvo observações.

 

Anel de perolas ao redor do valor. Circularam a partir de 17.06.1886(Cafarrelli)

Circularam a partir de 17.06.1886(Cafarrelli)

Circularam a partir de 09.1886. (Cafarrelli)

 

Segundo carta de Bento Jose Sobragy, diretor da Casa da Moeda , de 14.06.1886. Não circularam moedas de 50rs de níquel, anteriores ao ano de 1886.

Observasse também, que circulava as moedas de 40, 20 e 10 réis em cobre ou bronze, desmerecendo o fabrico das de 50 réis em níquel.

 

 

1886

Casa da moeda- Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

 

 

 

590.000

 

876.583

176.500

 

 

A edição de 21.07.1886, do Diário de Noticia do RJ, publica as características da moeda de 50rs, que vão ser colocada em circulação – valor dentro de um circulo de perola, sobre fundo de linhas retas cruzadas, diâmetro de 22mm e peso de 7 gramas. Circulam em 25 07.1886.

Caffarelli diz que "As moedas de 50 e 100 réis foram postas em circulação a 17 de junho de 1886 e as de 200 réis no fim de setembro do mesmo ano. A moeda de 50 réis tem o anel ao redor do valor composto de pérola". A Decisão (Ministério da Fazenda) n 6 de 11.01.1886 define o tipo de 100rs, a Decisão n 72 de 17.06.1886, define o tipo de 50rs.

Portanto para o ano de 1886 existem moedas com fundo liso e fundo linhado. 


 

1887

Fundo linhado - Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli.

 

 

 768.461




1.061000




857.000




 

O catalogo Vieira de 1993, sugere dois cunho para as moedas de 1887, um cunho com o ano sem  ponto e outro cunho com um ponto entre o um e o oito. 

 

1888

Fundo linhado - Catalogo de Arnaldo Russo(1987) e Caffarelli

152.976

 1.479.000







788.500

 

Segundo o Tempo 2.09.1892, para este ano foram remetido ao Tesouro Nacional o total de 78:000$000.

A Gazeta da Tarde - RJ, de 04.07.1888, informa que a Casa da Moeda cunhou, durante o mês de junho de 1888, em moeda de prata a quantia de 255:794$500 sendo 176:156$ por conta de particulares. Em julho foram cunhadas moedas na quantia de 114:913$000, por conta de particulares. Em setembro a quantia 183:000$000, por  conta de particulares.

 

1889

Casa Moeda

Quadro Estatístico IBGE 1953- total de moedas 1.373.463

 Produção em nickel, brazão do Império

 

862.000






511.463






 

Segundo o Tempo 2.09.1892, para este ano foram remetidos aos Estados o total de 188:492$600

A Gazeta da tarde informa que em 08.07.1889, recebeu ordem de não receber mais prata de particulares para cunhar moedas, devido a grande quantidade de prata já existente. Que em julho foram amoedadas mais de 4 toneladas de prata.

 

 

Moedas de Níquel produzidas na REPÚBLICA-  que acontece a partir de 15 de novembro de 1889

O Decreto 54 de 13.12.1889 autoriza a cunhagem das moedas do novo tipo, substituindo o dístico para 15 de novembro de 1889, retirando o brasão do império pela cruzeiro do sul rodeado por estrelas e circundado pelo dístico Republica dos Estados Unidos do Brasil, e mantendo o modulo, peso e liga iguais.

 Os autores quantificam nesta data em virtude da era colocada nas moedas, pois o modelo foi autorizado em meados do mês de dezembro de 1889.

Consta no Livro de Caffareli que Foram cunhadas com a data de 1889: 862.000 no ano de 1889; 1.597.500 no ano de 1890; 2.488.000 no ano de 1891; 3.606.000 no ano de 1892 em moedas de 100rs e, com o valor de 200rs, foram cunhadas com a data de 1889: 511.463 no ano de 1889; 475.500 no ano de 1890; 1.366.500 no ano de 1891; 2.987.000 no ano de 1892.

 

 

Caffarelli anota a quantia de

Inclui a produção de todo ano 1889, 862.000 moedas de 100 rs, e 511.462 de 200rs, lembrando que a cunhagem da republica iniciou em janeiro de 1890. Pelo visto a era 1889 e cunhada ate final de 1892.

 

8.553.500

 decreto 54

 

Cuproniquel

5.340.463

Decreto 54

 




 

Arnaldo Russo (1987) a quantia de

 

 

7.685.500

4.829.000

 

 

 

 

 

 

 

1889

A gazeta noticia RJ 30.02.1890 que a casa da moeda informa que no ano de 1889 em sua casa de fundição trabalhou 39.889,700 gramas em nikel ligado para moedas e em sizalha 88.526,365g.

 

1890

A gazeta de Noticias do Rio de Janeiro de 30.01.1890 noticia em sua primeira página que as moedas da Republica, em ouro, prata, nickel e cobre, tiveram o inicio da cunhagem no dia 29 de janeiro de 1890, em solenidade com a presença dos ministros e Chefe do Estado General Deodoro a Fonseca, chefe do Estado. O Diário de Noticias do RJ. faz publicação idêntica.

 

 

O Periódico a Republica (SC) quantifica as moedas cunhadas em 02.1890. para as de nickel temos 140.000 moedas  em 100rs, 92.000 em 200rs,  em 26 dias de produção pela Casa da Moeda, aparece  4.325 em bronze e não aparece as de 50rs.

 

140.000

92.000

 

No mês de agosto de 1890 produziu 88.000 moedas em nikel de 100 rs, 35.000 moedas de 200rs.(Republica  (SC) 17.09.1890).

 

88.000

35.000

 

O jornal o Tempo do RJ 05.07.1891, publica que Casa da Moeda cunhou, no ano de 1890,

 475.000 moedas de 200rs e

1.597.500 moedas de 100rs.

Não informa a era que consta nas moedas.

 

1.597.500

475.000

 

Segundo o Tempo 2.09.1892, que a casa da moeda remeteu ao Thesouro Nacional a quantia de 44:000$000, durante o ano de 1890, e para este ano de 1890 a remessa de 254:850$000 (República) aos Estados.

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A gazeta de Sergipe de 24.06.1890, registra que a Casa da moeda cunhou em 25 dias, do mês de maio de 1890: 
em ouro 20$ 327moedas;
em prata 1$ - 69.000 moedas; de 500rs - 327.000 - moedas;
em nickel 200rs - 72.114 moedas;  de 100rs- 93.000 moedas;
em bronze 40rs - 7.500 moedas;
para as moedas de prata, nickel, e bronze foram cunhadas com sizalha (incluindo moedas recunhadas).

 

 

 

 

 

 

1891

Segundo o Tempo 2.09.1892, para este ano foram remetidos aos Estados  a quantia de 522:100$000, Relato da Casa da Moeda.

a Gazeta da tarde -RJ, de 03.04.1891, informa que no mês de março foram cunhadas 738.552, do solicitado.

em 4.5.1891, noticiou que em abril se produziu 1.150.873 moedas

 






1052 em ouro 20$;
874.000 prata 500rs;
321.000 nickel 100rs;
37.000 bronze 20rs


1327 em ouro 20$,
96 em ouro 10$;
190.000  prata 500rs;
465.000 nickel 100rs;
491.450 bronze 20rs.

3.132.600

1.044.200

 

1892

O Tempo de 03.02.1892, informa a cunhagem moedas para o mês de janeiro de 1892 – 229.000 de 100rs, 141.000 de 200 rs.  Para 21 de trabalhos da casa da moeda. (proporção 38,11 de 200 reis 61.89  Registra na edição de 02.07.1892  que em junho de 1892 foram produzidas 280.000, moedas de 100rs e 315.500 moedas de 200rs.

 

Segundo o Tempo 2.09.1892, para este ano foi remetidos aos Estados a quantia de 681:600$000 produzidos de marco a agosto de 1892.

 

 

4.089.600

1.363.200

 

 Gazeta da tarde - RJ, de 02.07.1892, noticia que foram cunhadas em junho: 



Em agosto informa que a produção de moedas chega em média a 55.000 peças diaria.

 1127 moedas ouro 20$;

315.500 moedas nickel 200rs;

280.000 moedas nickel 100rs;

127.500 moedas bronze 40rs;

122.500 moedas bronze 20rs.

 

 

 

O Catalogo de Arnaldo Russo (1987) Não registra moedas com a era 1890,1891 e 1892.

 

1893

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

 

 

 3.589.000

 2.585.500

 

1894

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

 

 

1.881.000

1.561.500

 

1895

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

 

 

2.308.000

1.633.000

 

1896

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

  

 

3.390.000

2.850.000

 

1897

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

 

 

2.875.000

2.405.000

 

1898

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

Emissão de moedas  nickel 1.261.997.600

 

 

3.685.000

3.925.000

 

1899

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli 

 

2.990.000

2.723.500

 

1900

Catalogo de Arnaldo Russo (1987) e Caffarelli

 

539.000

330.000

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Emissão em valores produção de valores quantificação

ano

Emissão –Balanço do Império

Produção CMB em valor- tabela obtida em um periódico.

Moedas de 100rs (60/40%)

 hipótese

Moedas de 200rs

(60/40%)

hipótese

1871

564:607$700

 

 

 

1872

434:048$000

 

 

 

1873

226:824$000

 

 

 

Deduzido 1.131:472,600 (Bélgica, cunho  com a era 1871)) sobra  94:007$100, provável fabrico Casa da Moeda, pois a indícios de fabrico no valor de 13:000$000, bem como indícios de moedas cunhas em 1871, inclusive de 50rs.

1874

  55:622$000

 

333.732

111.244

1875

  37:000$000

128:380$000 – anotação de periódico

222.000

74.000

1876

  90:240$000

(ND)

541.440

180.480

1877

110:000$000

(ND)

660.000

220.000

1878 Almanck Adm

373:000$000

(ND)

2.238.000

746.000

1879

105:000$000

(ND)

630.000

210.000

1880

107:000$000

(ND)

642.000

214.000

1881

122:000$000

(ND)

732.000

244.000

1882

174:200$000

(ND)

1.045.200

348.000

1883

155:000$000

(ND)

930.000

310.000

1884

156:000$000

(ND)

936.000

312.000

1885

 

 

 

 

1886

385:000$000

(ND)

2,310.000

770.000

1887

376:000$000

(ND)

2.255.000

752.000

1888

 

 

 

 

1889

249:000$000

De 1871 ate 1889 – 3.677:762$300

 

 

Podemos observar que no ano de 1889 foram cunhadas moedas com cunho de 1889, na quantidade de 862.000 peças para 100rs e 511.462 para peças de 200rs, em um montante de  188:492$600, restando portanto  61:492$000 de cunho anterior

 

 

 

Catalogo

Caffarelli

Catalogo

 Cafarrelli

1890

157:000$000

254:850$000

1.597.500

475.000

1891

584:000$000

522:100$000

2.488.000

1.366.500

1892

783:000$000

958:000$000

3.606.000

2.987.000

Os Catálogos (Panetta, Vieira, Amigo) não contabilizam moedas para o ano de 1890, 1891, 1892, provavelmente pela moeda possuir a era do cunho com data de 1889, porém  consta no Livro de Caffareli que Foram cunhadas com a data de 1889: 862.000 no ano de 1889; 1.597.500 no ano de 1890; 2.488.000 no ano de 1891; 3.606.000 no ano de 1892 em moedas de 100rs e, com o valor de 200rs, foram cunhadas com a data de 1889: 511.463 no ano de 1889; 475.500 no ano de 1890; 1.366.500 no ano de 1891; 2.987.000 no ano de 1892 com o cunho de 1889. Que condiz com os valores apresentado na tabela  da Casa da Moeda. Exceto as do ano de 1889 que penso ser do Império. 

1893

  55:956$000

876:000$000

3.589.000

2.585.500

1894

501:000$000

500:400$000

1.881.000

1.561.500

1895

567:900$000

557:400$000

2.308.000

1.633.000

1896

1.035:200$000

909:000$000

3.390.000

2.850.000

1897

371:900$000

768:000$000

2.875.000

2.405.000

1898

1.261:997$600

1.153:500$000

3.685.000

3.925.000

1899

840:000$000

843:000$000

2.990.000

2.723.500

1900

341:000$000

30.119:900$000

   539.000

   330.000

A informação da Casa da Moeda para o ano de 1900 não condiz com a quantidade de moedas constante em catálogo. Provavelmente um agrupamento até o ano de 1913.

1901

 

Sem registro (SR)

75.000.000

60.000.000

1902

 

(SR)

 

 

1903

 

(SR)

 

 

1904

 

(SR)

 

 

1905

 

(SR)

 

 

 

 RESGATE DAS MOEDAS EM NÍQUEL ANTIGO, cunho níquel do Império. Balanço do Império.

Ano

Valor do regate

 

1902

  34:627$000

 

1904

  58:400$000

 

1905

 

 

1906

154:057$000

 

1907

  43:410$000

 

1908

 

 

1909

59:334$000

 

1912

     100$000

 

1913

  5:933$000

 

Para o ano de 1913 há   nota que não circulava mais moedas do Império.

 

 

1925 registra que foram eliminadas as moedas do Império

202:814$350

 

 

 

 

 

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