UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação
BIB3206 - FUNDAMENTOS DE PRESERVAÇÃO DE DOCUMENTOS
Profa. Jeniffer Cuty
Preservação e Segurança de Acervo de Documentos
Cândida Johann
Rogerio Carlos Petrini de Almeida
Porto Alegre
2009
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação |
Preservação e Segurança de Acervo de Documentos |
Cândida Johann Rogerio Carlos Petrini de Almeida |
Apresenta um comparativo de pontos fracos apresentados pela biblioteca da Associação de Jornalista do Rio Grande do Sul e do Museu José Hipólito da Costa. Trabalho final da disciplina de Fundamentos e Preservação de Documento com observação e visita local, coordenado pela Professora Jeniffer Cuty, e, realizado no segundo semestre de 2009. |
Porto Alegre
2009
SUMÁRIO
1 | INTRODUÇÃO | 5 |
2 | AS INSTITUIÇÕES | 6 |
2.1. | ASSOCIAÇÃO RIO GRANDENSE DE JORNALISMO - ARI | 6 |
2.2 | MUSEU DE COMUNICAÇÃO HIPÓLITO JOSÉ DA COSTA | 6 |
3 | PRESERVAR OU CONSERVAR | 8 |
4 | O LOCAL DO ACERVO | 9 |
5 | SEGURANÇA NA PRESERVAÇÃO DO ACERVO | 12 |
5.1 | RISCO DE INCÊNDIO | 12 |
5.2 | IN SETO, FUNGOS ..., RISCO A PRESERVAÇÃO | 13 |
5.3 | ÁGUA | 15 |
6 | O ACERVO, CONDIÇÕES E PORQUE PRESERVAR | 18 |
7 | CONSIDERAÇÕES FINAIS | 18 |
REFERÊNCIAS |
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo de preservação e segurança na conservação de documentos confrontando o ambiente de duas instuições uma biblioteca mantida por uma associação de jornalismo e um museu de comunicação social, com acervos de imprensa, publicidade e propaganda, cinema, forografia, rádio, destacando o acervo de jornais raros. O objeto principal é destacar a importância de se ter atenção a segurança contra riscos que possam provocar danos aos acervos. Como metologia se utilizou a visita nos locais, com o intuito de se observar os pontos negativos ou contradiórios que cercam o ambiente, conduzidos pela leitura crítica e do assunto baseado na literatura referenciada. Constata-se que para se preservar, seja o livro, o documento e mesmo o prédio, deve haver uma consciência de condições e seguranças que permitam a permanência do acervo. É necessário pensar no uso, no seu acesso, caso contrário o acervo volta a ficar empoeirado, cheio de cupins e sem valor. O usuário, seja qual for, deficiente, idoso, criança tem que ter acesso e ser incentivado à pesquisa e ao uso do acervo, pois significam um elo de fundamental importância em se preservar qualquer acervo, como também o são, alvos da segurança no ambiente.
Palavras-chaves: Preservação de acervo. Conservação de Acervo. Segurança do Acervo.
1 INTRODUÇÃO
O texto concentra-se nas observações efetuadas durante visitas realizadadas em 2009, segundo semestre, junto a Associação Rio Grandense de Jornalismo (ARI) e ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, respectivamente, ambas entidades localizadas no Centro de Porto Alegre.
As duas instituições se encontram em situações diferenciadas, a primeira tem a bilbioteca fechada a visitação pública enquanto que a segunda tem acesso ao público, o que não impede de se construir uma analogia comparativa entre as duas, um dos objetos deste estudo.
Outro objetivo é a enfase na preservação do acervo e aos risco na segurança em se preservar estes acervos. Riscos que podem ocorrer pela ação do fogo, de insetos, de fungos, da água e outras incidências.
Os olhares observativos ficaram direcionados apenas a estes pontos e não se constituem crítica as instituíções nem se remetem a construir soluções a uma ou a outra, apenas conduz a um estudo e uma análise com fins acadêmicos.
2 AS INSTITUIÇÕES
Apresentam-se as duas instituições, com finalidade de contemporizar as entidades jurídicas: uma associação representativa outra Cultural sobre o abrigo da Secretaria do Estado do Rio Grande do Sul.
2.1 ASSOCIAÇÃO RIO GRANDENSE DE JORNALISMO (ARI)
A ARI é uma “associação representativa dos profissionais do meio de comunicação do Rio Grande do Sul”, criada em 19 de dezembro de 1935, para defender os jornalistas, intelectuais e trabalhadores das empresas (ARI, 2009).
Está localizada em Porto Alegre, na Av. Borges de Medeiros 915b, em prédio de oito andares, cuja construção ocorreu em 1943. Tem um funcionamento comercial das 8 às 18 horas com intervalo de almoço das 12 às 13:30 horas. Inicialmente o prédio tinha a destinação a hotel de passagem e, por algum tempo, serviu de moradia a alguns jornalistas.
A entidade possui um site na internet (http://www.ari.org.br/index.php) que dispõe de informações sobre seu histórico, diretoria, eventos e outras informações. Missão, visão e valores, não foram encontrados no site.
Instituição cultural voltada à conservação, à pesquisa e à divulgação da história da Comunicação Social no RS. Sito a Rua dos Andradas, 959, em prédio de três andares, construído em 1922, tombado em 1977 pelo Patrimônio Histórico da Cidade. O funcionamento é de terças a sextas, das 9h às 18h e sábados das 9h às 12:30.
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3 PRESERVAR OU CONSERVAR
É conveniente deixar claro o significado de preservação e conservação no enfoque da biblioteconomia, arquivologia e museologia, para se ter uma visão melhor dos pontos que são aqui abordados e comparados.
Segundo Silva (1998, p. 9) preservação “É o guarda “chuva-chuva”, sob o qual se “abrigam” a conservação, a restauração e a conservação preventiva.” A preservação se preocupa com a manutenção ou a restauração do acesso a artefatos, documentos e registros através do estudo, tratamento e prevenção de danos e da deterioração é segundo o autor, a ação destinada a salvaguardar as condições físicas e proporcionar o longevidade do suporte que contém a informação.
Conservar se refere ao tratamento e reparo de itens individuais sob a ação de degradação lenta ou à restauração de sua usabilidade. Para Silva (1998, p. 9) a conservação é “um conjunto de procedimentos que tem por objetivo melhorar o estado físico do suporte, aumentar sua permanência e prolongar a vida útil, possibilitando, desta forma o seu acesso por parte de gerações futuras”.
Os prédios onde estão localizados os acervos são construções antigas. O prédio da ARI é de 1943, enquanto o do Museu Hipólito Jose da Costa de 1922. Ambos estão localizados no Centro de Porto Alegre e sofrem a influência de alto tráfego de pessoas em suas calçadas, de fluxo veículos leves e pesados, ocorrências que provocam grande quantidade de pó, fuligem, gás carbônico, vibrações, nocivos a sua conservação externa e interna. A partir deste momento já se tem que pensar em o que fazer para preservar, considerando a utilização de tintas e matérias que não permitem a fixação de pó e vedações para que estes elementos não invadam a parte interna com grande agressividade, pois é deste lado que se encontra o acervo.
No prédio da ARI podemos constatar: área reaproveitada (onde estavam armazenados os arquivos); com marcos e portas contaminadas por cupins, as dos dois acessos; chão de parquê mal cuidado aberturas, parte cerâmico antigo; janela frontal, necessitando de pintura e tratamento; janela lateral com vidros quebrados e necessitando igualmente de tratamento e pintura; foro quebrado, sujo; fogão inapropriado, acesso a água inapropriado; mesa, armário com garrafas, jornais, revistas pastas misturados; carpete amontoado num canto, e pilhas de jornais e revistas no chão; assentos, poltronas e cadeiras para um pequeno público; e, não possui extintor de incêndio.
Enquanto que no prédio, tombado pelo patrimônio histórico de Porto Alegre, do Museu Hipólito Jose da Costa, tem o acesso principal por portas em madeiras espessas e com traços da época da construção, janelas e portas altas.
Tem um ambiente aparentemente necessitando de uma limpeza, conta com estofados desgastados e área de assento em iguais condições. Há uma escada espiral, aparentemente sem utilidade, pois, existe um acesso por escada mais ampla, com degraus e patamar. Os painéis informativos escondem fiação solta, e outra placa informativa do museu. As janelas neste setor estão com a tinta em bolhas, indicando alguma umidade, aparece em alguns pontos pinturas descascando e a parte superior mostra escurecimento, provavelmente por ação externa.
Os dois prédios apresentam alguns pontos semelhantes nesta primeira percepção, pode-se dizer que apresentam certo requinte em suas estruturas, mas sofrem ações de agentes externos, que constrangem sua conservação, mas, com cuidados podem melhorar a aparência com reflexo na preservação do seu interior. A aparência do desgaste de assentos, a falta de extintores, próximo a locais de risco de combustão é visível. O descaso com público deficiente é evidente, nas duas instituições e, neste tópico, comenta-se que se deve preservar em função de um uso, e todos tem direito a ter acesso à cultura e ao conhecimento e em função desta busca deve-se ter os acessos adequados e promover a preservação do acervo.
1 Seqüência de fotos dos autores, no interior Museu Hipólito Jose da Costa
O prédio da ARI está composto de oito andares enquanto que o do museu tem apenas três andares, mas ficam com alguns pontos negativos por conta do acesso pelas escadas, a da ARI estreitas e sem iluminação, as do Museu com altura de teto insuficiente em alguns pontos, necessitando de reparos pontuais ou localizados. Quanto ao acesso pelos elevadores, podemos dizer que são pouco eficazes, pois, são antigos e com baixa capacidade. Nestes andares visitados, pode-se verificar a infestação de cupins do edifício da ARI, o que não foi observado no prédio do museu.
Algumas avarias foram identificadas nos dois prédios provocadas por umidade próxima a abertura, alguns vidros quebrados, reboco frágil e caindo. Outros itens como carpetes descolados, ou o próprio uso de carpete em locais impróprios, iluminação deficiente, foram anotadas nos dois lugares.
Com o olhar no local onde se encontra os acervos tem-se a comentar que é fundamental conservar o prédio para proteger de risco e danos ao acervo a ser preservado. De um modo geral pode-se dizer que o estado de conservação do Museu Hipólito Jose da Costa é bem superior ao da ARI.
As condições do local onde está o acervo, é um termômetro medidor de possibilidades de ocorrências contra a segurança na preservação do acervo e com base faremos os comentários a seguir.
5.1 RISCO DE INCÊNDIO
O fogo é o principal inimigo de qualquer acervo, e para quem pensa em preservar deve se revestir de todas as seguranças possíveis para combater este grande destruidor, cuja ação é avassaladora e irreversível.
Segundo Cobra (2003), o fogo é um dos mais temidos agentes destruidores e em nota recomenda evitar instalações elétricas inadequadas, acondicionar materiais inflamáveis em lugar adequados e a seguir recomendações dos serviços de bombeiros.
Começar o relato pelo prédio da ARI é significativo, pois, como já se viu tem contaminação por cupim nas estruturas de madeiras, o que a torna mais frágil, mais oxigenada a combustão.
A biblioteca não dispõe de extintores apropriados e em números suficientes para o volume de livros e para sua área, que também armazena estantes, mesas e cadeiras de madeiras. Os extintores posicionados nos corredores são de pó químico e de água, constata-se uma tubulação de água para conter incêndio, mas ainda sem mangueiras ou acessibilidade ao seu uso.
2 Fotos no Museu JHC, extintores mal posicionados e instalações elétricas inadequadas.
O museu Hipólito Jose da Costa não fica distante da ARI, são poucos os extintores de incêndio, alguns de pó outros de água e junto ou próximo ao acervo nada que os indique e contribua para seu uso. Um dos fatos observáveis é o próprio acervo composto de papel, disposto em estantes muito próximas, com pouca circulação com possibilidade de aquecimento do ar, janelas ensolaradas com vidros sem bloqueadores, onde o sol aquece o papel.
Constata-se aqui que o próprio acervo das duas instituições, compostos de papel ressequido em lugar de baixa umidade é um risco próprio a sua preservação se mantidos forma de um ambiente adequado.
Não é oneroso manter extintores em lugares visíveis, com suas respectivas instruções de uso, esta medida pode evitar incêndio e manter ao acervo. A possibilidade instalação de alarme identificador de foco de incêndio é aconselhável.
5.2 INSETO, FUNGOS ..., RISCO A PRESERVAÇÃO
Fungos, baratas, traças, cupins, brocas, roedores e os seres humanos inclusive causam danos ao acervo e devem ser combatidos e educados, no caso de nós seres humanos que usamos de forma incorreta o material do acervo.Vamos comentar de forma sucinta cada um deles, como agem e como devemos combatê-los:
- Os fungos causam danos da coloração à deterioração da estrutura do documento, seu aparecimento é causado pelo descontrole da temperatura, da umidade, dos problemas de higiene e renovação do ar. O controle é feito através de uma política de controle ambiental, controlando a temperatura e a umidade relativa e circulação do ar, evitando oscilações acentuadas, é recomendado o uso de aspirador de pó para a limpeza do ambiente devido a água aumentar a umidade do ar. O uso de fungicidas não é recomendado, pois, os danos causados no documento superam a eficiência do produto (CASSARES, 2000).
- As baratas que se escondem em fendas nas paredes, batentes de portas, ralos, esgotos, lixos, onde o sol não penetre, com hábitos noturnos as baratas atacam o papel deixando manchas na superfície e roendo as extremidades. O melhor controle é a prevenção, fechando todas as aberturas no piso, paredes e batentes, retirando o lixo diariamente e fechando a noite os orifícios de escoamento de água (SERIPIERRI, et al., 2005).
- As traças escondem-se dentro de papéis velhos e enrolados, mapas, gavetas de documentos, jornais e caixas de papelão. Seu ataque assemelha-se ao da barata, só que em menor proporção. É preciso adotar medidas de verificação e limpeza freqüentes dos documentos e o sistema de isca oferece bons resultados para esse tipo de infestação (SERIPIERRI, et al., 2005). Outra medida de prevenção ao ataque de baratas é o uso de “massinha japonesa”, encontrada no comércio informal.
- Os cupins organizam-se em colônias numerosas, vivem em túneis fechados dentro da terra e da madeira, reproduzindo-se em ninhos, causam um efeito devastador sobre o papel e sobre objetos de madeira. Deve-se observar constantemente o mobiliário caso seja de madeira não deixando caixas de papelão ou madeira direto no piso (CASSARES, 2000).
3 ações de insetos sobre acervo. parque, abaixo e lateral do móveis da TV vestígio de cupins, livro danificado por inseto.
- Brocas, atacam o papel quando se encontram na fase larval. Atacam documentos encadernados e armazenados em grande quantidade de forma compactada em móveis ou caixas de madeira. Deve ser feita higienização sistemática para detectar a ação desses insetos e quando for detectada a presença de brocas procurar um especialista que irá diagnosticar o método a ser empregado no seu combate (CASSARES, 2000).
- Os roedores também podem atacar documentos e livros principalmente quando estão em desordem ou com restos de alimentos.
- O ser humano também é um agente de degradação de acervos com ações que prejudicam sua conservação, como o manuseio incorreto, tocando o documento com as mãos sujas provocando manchas e alterando o pH do papel, rabiscos, dobras, clipes, remendos com fitas adesivas e armazenamento de forma inadequada do acervo (SERIPIERRI, et al., 2005).
Pouco foi constatado no Museu Hipólito Jose da Costa, em uma dependência do museu aparece cupim, há alguns indícios de insetos nos volumes de jornais. Entretanto, verifica-se a incidência de janelas com vidros quebrados e entreabertas o mesmo ocorrendo na biblioteca da ARI, porém neste ambiente, as ocorrências de infestação é maior, aparecendo a agressão de cupim nos livros, traças, lombadas desgastadas, provavelmente por insetos.
Combater estes agentes requer um planejamento e ação adequada, pois o combate a estas pragas implica em uso de componentes químicos que podem agir no ambiente onde está o acervo e provocar danos.
5.3 ÁGUA
O foco de fogo se ocorrer deve ser combatido com água, com exintores, de água ou pó químico, com abafamento, é inevitável, e desta ação teremos, com certeza, a perda de parte ou todo o acervo, quem sabe!
Como estão relatados, as duas instituições tem insuficiência na ação contra incêndio. Caso ocorra um sinistro pode existir a ação de bombeiros, cuja preocupação é eliminar o fogo e todos estes fatores negativos podem contribuir para eliminar o acervo e como fazer para preservá-lo? Entende-se que a observação dos itens de segurança contra incêndio é primordial para isto.
Há infiltrações em tetos e paredes, e a umidade é propagadora de fungos e umidades nocivas ao papel.
As fotos tiradas no Museu Hipólito Jose da Costa registram algumas incidências de infiltrações que podem a vir a ser prejudiciais à preservação do prédio.
6 O ACERVO, CONDIÇÕES E PORQUE PRESERVAR
O acervo do Museu Hipólito Jose da Costa, está disponível para consulta, abrange diferentes áreas da Comunicação: Imprensa, Televisão e Vídeo, Rádio e Fonografia, Publicidade e Propaganda, Fotografia e Cinema. Está localizado no terceiro andar acesso por escada é composto por jornais e revistas. Parte do acervo está guardada em encadernações, já com desgaste pelo uso e tempo. Parte em pasta de polionda. As revistas guardadas em sala própria e fechada, estão protegidas por caixas em papelão. Alguns jornais se encontram em estado de conservação precário, quebradiços, visto o material muito antigo e frágil que foi constituído.
Observa-se que o acervo está acondicionado em estante de metal bastante próxima uma da outra e que o acesso as partes mais altas são por escadas de abrir normais. O material é composto por edições de jornais raros editados entre 1808 e 1924 o que é possível rever fatos históricos de todo este período.
A ARI tem em sua biblioteca milhares de livros e documentos jornalísticos, que remontam a sua fundação, e que mantém viva a historia do jornalismo de Porto Alegre e Riograndense. O acervo está desorganizado, empoeirado, e possui peças por catalogar.
As duas instituições possuem algo em comum, que é a documentação que faz história do jornalismo, da imprensa, do Rio Grande do sul e isto fundamenta e prioriza que se preservem estes suportes pra uso e desta e das próximas gerações.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
São duas instituições diferentes, mas com problemas em comum. O museu Hipólito José da Costa tem um planejamento para preservar o seu conteúdo através da digitalização dos documentos, e disponibilizar acesso através de recurso online como forma de pesquisa. Saber que o Museu tem projetos de modernização e revitalização e busca recursos junto a instituições é importante, pois, visualiza-se uma longevidade para seu importante acervo. Em contrapartida a associação ARI, tem um recente despertar para o seu acervo e merece um tempo para afirmações.
Há de se considerar os dois ambiente como um todo, que apresentam algumas falhas, em especial o descuido com o risco de incêndio, pois ambas mantêm poucos extintores de incêndio e não ficam à disposição ou não dispõe de capacidade de apagar início de incêndio em volume de papel seco, com alto poder de combustão. A instalação de alarme de incêndio e de sensores de fogo é conveniente para preservação destes dois acervos, composto de documentos raros e de pesquisa de momentos da história do Rio Grande do Sul.
A contaminação insetos sempre deve ser combatida no início antes de um povoamento maior e da destruição.
A iluminação, ventilação e ambiente agradável devem visionar o conforto ambiental como um atrativo ao usuário.
A biblioteca e o museu são guardiões de memória registradas em documentos, objetos ou qualquer outro suporte que devem ser conservadas para poderem ser preservadas para as gerações futuras e isto requer atenção e zelo pelo acervo pelo prédio, este também se constitui um documento uma memória de nossa cidade.
Conclui-se que para se preservar, livro, o documento e mesmo o prédio, deve haver uma consciência de condições e seguranças que permitam a permanência do acervo. É preciso pensar no uso, no seu acesso, bem como em rotinas de conservação, caso contrário volta a ficar empoeirado e cheio de cupins e sem valor. O usuário, seja qual for, deficiente, idoso, criança tem que ter acesso e ser incentivado à pesquisa e ao uso do acervo, pois significam um elo de fundamental importância em se preservar qualquer acervo, como também o são, alvos da segurança no ambiente.
REFERÊNCIAS
COBRA, Maria Jose Távora Queiroz. Pequeno dicionário de conservação e restauração de livros e documentos. Brasília. DF: Cobra Pages, 2003. 99 p.
CASSARES, N. C. Como fazer conservação preventiva em arquivos e bibliotecas. São Paulo:Arquivo do estado, 2000.
SILVA, Sérgio Conde de Albite. Algumas reflexões sobre preservação de acervos em arquivos e bibliotecas. Rio de Janeiro. Academia Brasileira de Letras. 1998, 36 p.
SERIPIERRI, D.; BORGES,E.R.; ALETTA, F. A. C.; CALHERANI, I. C.; ONDINA, M. I.; YAMASHITA, M. M.; CARDOSO, V. L. Manual de conservação preventiva de documentos:papel e filme. São Paulo: EDUSP. 2005, p. 25-29.
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