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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

POLíTICA DE INDEXAÇÃO na catalogação de assuntos em bibliotecas universitárias: a visão sociocognitiva da atuação profissional com protocolo verbal Síntese do artigo

Síntese do artigo
 POLíTICA DE INDEXAÇÃO na catalogação de assuntos em bibliotecas universitárias: a visão sociocognitiva da atuação profissional com protocolo verbal
 milena Polsinelli Rubi  e Mariângela Sporti Lopes Fujita.
 
Rogerio Carlos Petrini de Almeida[1]
 
Na colocação das autoras a política de indexação deve fundamentar-se em uma filosofia que reflita os objetivos do sistema e observam um dos aspectos sobre a conversão retrospectiva dos dados para a formação de catálogos coletivos. Utilizaram  questionário, diagnósticos e coletas de dados junto aos atuantes em bibliotecas universitárias. Focam o trabalho no tratamento temático, especialmente na indexação e a catalogação do assunto partindo da conceitualização.
Os catálogos coletivos de bibliotecas são construídos a partir de registros oriundos de outras instituições com características e objetivos diversos e a representação dos assuntos dos documentos necessitará de uma reavaliação e alteração para os novos usuários o que leva a requerer um estabelecimento de política de indexação.
Como argumentação contextualizam as perspectivas teóricas e metodológicas da indexação e da catalogação de assuntos, relacionando diversos autores com sua conceitualização sobre o tema, dentre estes Ghinchat e Menou que afirmam o ciclo documentário admite inicialmente a coleta de documentos e a difusão das informações ao final e Fujita, que entende que a organização da informação compreende as atividades e operações do tratamento da informação, descritivo e temático.  O descritivo refere-se à catalogação a representação física do documento, o temático sobre o assunto do documento, a análise documentária.
A indexação segundo ABNT n. 12676 é o “Ato de identificar e descrever o conteúdo de um documento com termos representativos dos seus assuntos e que constituem uma linguagem de indexação”. A catalogação por sua vez tem o conceito de vários autores, e, para Fiúza a definição  acontece como “[...] a disciplina ou conjunto de disciplina que tratam da representação, nos catálogos de bibliotecas, dos assuntos contidos no acervo”. Para Lancaster a diferença entre as duas é inexpressiva e causadora de confusão, já Silva e Fujita resaltam semelhança entre as duas. No entanto todos os autores citados reconhecem as duas como conceitualmente equivalentes. As diferenças segundo as autoras residem no fato da catalogação apresentar um conjunto de princípios reconhecidos que fornecem padrões para elaboração de registros bibliográficos enquanto que a indexação não tem característica de universalidade e apresenta diferentes métodos para a descrição.
As autoras apresentam aspectos relativos ao processo de catalogação cooperativa – importação de registros bibliográficos de diversas bibliotecas – e seu produto final o catálogo da biblioteca universitária, que irá aumentar a capacidade de acesso pelos usuários. O processo de migração das bases chama-se conversão retrospectiva. O aumento de catálogos com acesso na internet (OPAC) aumenta a responsabilidades dos catalogadores que por sua vez devem estar calçados de uma boa política de indexação.
O texto refere-se à política de indexação como pertinente aos objetivos específicos de indexação e às decisões administrativas que devem refletir a filosofia da biblioteca e que devem estar inseridas no contexto sociocognitivo do indexador e do físico do trabalho do indexador e dos gerentes. Ainda que os elementos que consolida uma política de indexação são: adequação, exaustividade, especificidade, consistência.
Os autores consideram a importância da indexação em todo o ciclo documentário que o processo necessita de parâmetros que orientem os indexadores na tomadas de decisões, minimizando subjetividades e incertezas no processo de catalogação.
Após as autoras aplicarem a metodologia com técnicas do protocolo verbal e aplicação de questionários e coleta de dados nas bibliotecas da UNESP,  partem para a análise dos resultados que deram uma visão do contexto  em que a política de indexação esta inscrita neste ambiente acadêmico constatando ausência de manual  orientador para análise de assunto para indexação.
 A análise dos protocolos verbais situa-se nas seguintes categorias: capacitação de revogação e precisão, especificidade; exaustividades, formação do indexar; procedimentos relacionados à indexação etc.
Por fim entendem que a política de indexação deva servir de subsídio para a organização do conhecimento no catálogo e servir de guia, ao bibliotecário catalogador que deve ter consciência de sua boa atuação, na representação de assuntos. Portanto tais políticas devem  ser descritas em manual e constantemente reavaliadas. 
 
REFERÊNCIA
RUBI, Milena Polsinelli; FUJITA, Mariangela Spotti Lopes. Política de indexação na catalogação de assuntos em bibliotecas universitárias: a visão sociocognitiva da atuação profissional com protocolo verbal. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação. Campinas.v7, n.2 p. 118-150, jan./jun.2010.
 


[1] Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina Gestão Organização de Informação (BIB03344), ministrada pela Professora Dra. Regina Helena Van der Laan , set. de 2012. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com.
 

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