LUIGI TERRAGNO: TREZE FOTOGRAFIAS
Rogerio Carlos Petrini de Almeida*
PALAVRAS-CHAVE
Luigi Terragno; Fotografia, Fotógrafos
Pioneiro na arte fotográfica na Província do Rio Grande do Sul radicou-se em Porto Alegre e é marcado como fotógrafo da Guerra do Paraguai, autor de algumas fotografias de ilustres, como o próprio Dom Pedro II e outras personalidades da sociedade. Além de inventar fixador de imagens para melhorar as qualidades das fotografias.
Este trabalho traz 13 fotografias da autoria de Terragno, cujos originais estão guardados no Museu Júlio de Castilhos.
As treze fotografias foram organizadas em ordem crescente de numeração e datas prováveis de gravação da imagem. Procurou-se relacionar todos os detalhes da face onde há o fotografado e do verso onde se tem informações relacionadas ao fotógrafo. Com isto se estabeleceu um comentário a respeito da trajetória do fotógrafo, nas mudanças de endereço de seu atelier, no registro de pessoas da sociedade local, na mudança de recursos empregados nas fotografias.
2 Luigi (Luis) Terragno
Nasceu na Itália em 1831 e veio a falecer no Brasil, em Porto Alegre-RS, em 16 de setembro de 1891, na pobreza. Casado com Balbina Ciro, em 1855. Teve 4 filhos: Luisa, nascida em 1858; Vitor em 1861; Candido em 1863 e, Antonio em 1875 (WIKIPEDIA, 2010).
Considerado fotógrafo pioneiro na arte fotográfica na cidade de Porto Alegre, se estabelece nesta cidade em 1853, onde registrou em imagem, personalidades, eventos relacionados a cidade e a Guerra do Paraguai. Seu primeiro atelier era na esquina das atuais ruas Vigário José Inácio e General Vitorino. Deslocou-se para outros endereços inclusive passando algum tempo na cidade de Pelotas-RS, entre 1885 e 1887, quando retorna a Capital (WIKIPEDIA, 2010). Segundo Costa (2010) no início de sua carreira manteve uma sociedade de um ano com o pintor Bernardo Graselli, mas imediatamente instalou um atelier com vendas de artigos de luxos, estojos, jóias, máquinas fotográfica, oferecendo ensinamentos na arte fotográfica. Como fotografo itinerante, também se estabeleceu em Rio Grande, rua Zallony, 31, oferecendo diversas técnicas fotográficas. Permaneceu por algum tempo em Desterro Santa Catarina, onde montou uma filial.
Tem autoria de milhares de fotografias entre as quais a do Imperador Dom Pedro II, em traje de gaúcho e fotos da Guerra do Paraguai, em 1865. Foi reconhecido como "Fotógrafo Imperial" (WIKIPEDIA, 2010).
Participou de vários eventos: em 1876, bicentenário do Estados Unidos, 1881 exposição Brasileiro_Alemã, Porto Alegre-RS. Em 1869 fundou a Loja Massonica Luz e Ordem dirigindo-a até 1880. Da 2ª Exposição Nacional, realizada no Rio de Janeiro (RJ), em1866, obtendo uma menção ( O Catálogo da II Esposição Nacional de 1866, (11.11.1866) não registra o nome de Luigi Terragno)
Destacou-se também como pesquisador de produtos e processos fotográficos, sobretudo daqueles derivados da mandioca, como o produto químico que divulga na 2ª Exposição Nacional em 1866 com a denominação de sulfo-mandiocate de ferro.
2.1 Óbito
Notícias sobre o óbito de Luigi Terrano em jornais da época.
Costa (2009) descreve que a fotografia “é feita de instante, um pequeno momento de registro de uma cena que se faz eternizar”, que enquanto documento registra a realidade externa do objeto, leva a diferentes épocas e lugares e remete que ao fim do rápido instante de tirar a foto, a imagem obtida se torna a realidade representada.
Para uma análise da fotografia é necessário que se tenha um bom conhecimento do período em que a foto foi realizada, das técnicas empregadas, da vida do fotógrafo e das técnicas que utiliza, da condição do atelier, em fim tudo que está inserido no contexto do objeto fotografado (COSTA, 2009).
Os pequenos retratos chamados de carte-de-visite, que significa do tamanho de um cartão de visita, pelo seu custo proporcionou ao publico em geral um maior acesso ao retrato, que geralmente era destinado a parentes e amigos, por vezes acompanhado de dedicatórias escritas no verso (COSTA, 2009).
O papel albuminado presente no período imperial permitiu melhorar a reprodução das fotos e através dele que surgiu o popular carte-de-visite. O uso do papel albuminado exigia menor exposição, proporcionando maior regularidade nas imagens em definição. Podiam ser guardados depois de sensibilizados pelos sais de prata, responsáveis pela reprodução das imagens. Observa-se ainda que nesta época conforme a técnica empregada deveria haver uma longa permanência parado em frente a máquina para se ter uma boa foto (COSTA, 2009), pois os recursos de fotografia em movimento foram se aperfeiçoando ao longo dos anos.
Foto de uma mulher sem identificação, aparentemente bem vestida e de projeção da sociedade. Foto provavelmente tirada em atelier, com algum tempo de exposição face a mulher estar se apoiando a uma cadeira.Vestes em corres um pouco fora do requisitado por fotógrafos da época, que se resumia ao preto para melhor definição da foto (COSTA, 2009). Foto 865, onde se registra o nome Luis Terragno, no rodapé e, verso sem alusão ao atelier do fotógrafo, remessando a se pensar que estava em início de carreira, sem ainda ter recebido premiações. Observa o Luis em português.
Fotografia feminina de pessoa não identificada, numerada em 1220, atelier identificado como L. Terragno, Photographo da Casa Imperial, Rua Riachuelo 182, Porto Alegre. A foto não apresenta um fundo apenas a imagem da pessoa, séria, em vestes escura.
Foto masculina (melhorada digitalmente), pessoa não identificada, numerada em 1252, Verso com emblema ou brasão, nome L. Terragno, Photographo da Casa Imperial, Rua Riachuelo 182, Porto Alegre.
As fotos 1820 e 1830, ambas de personagem femininas, com vestimentas com semelhanças, e silhuetas parecidas, possibilitam a idéia de pessoas próximas socialmente. O verso das duas fotos é idêntico, inclusive igualando a foto de numero 1252, indicando o mesmo atelier e mesmo material.
Fotografia (melhorada digitalmente) de pessoa masculina, numerada em 2222, no verso apresenta um emblema e nome L. Terragno, Photographo da Caza Imperial, estúdio localizado a Rua Riachuelo, 182, Porto Alegre, anotação da data provável 1866.
Em comparação com a fotografia de numero 1252, 970 foto de diferença se observa a troca de gráfica da base onde a foto é fixada anotando-se a permanência da margem azul, porém com troca emblema, talvez pela mudança de gráfica, aparecendo a nova grafia de caza com “Z”, o endereço do atelier, permanece o mesmo. Nota-se que as características fotográficas permanecem apresentando esfumaçamento da parte inferior, as vestes se aproximam demonstrando uma proximidade da época da foto.
Frente melhorada com recursos digitais apresenta figura masculina traje mais alinhado, sentado em uma cadeira. Verso da foto identifica L. Terragno Photographo da Casa Imperial Premiado na exposição nacional, Estúdio na Rua Riachuelo, 182 – Porto Alegre. A fotografia está numerada com o número 2695. Aqui aparece o registro do primeiro prêmio conquistado em 1866, e desaparece a margem azul, emblema tem alterações provavelmente nova o mudança de gráfica e registra também, a manutenção do endereço do atelier. O personagem da foto apresenta tem veste mais requintado e um posicionamento fotográfico mais perfilado. Em relação a última numerada em 2222, demonstrando uma tiragem de 473 fotos, neste intervalo de tempo.
Fotografia feminina, de corpo inteiro, sem numeração, porém o verso da foto se assemelha a do número 4082, indicando proximidade de tempo. Foto no atelier. a cadeira onde se escorra aparece em outras fotografias.
Fotografia masculina (frente melhorada digitalmente), numerada em 4082, pessoa não identificada. Verso apresenta um brasão e nome de L Terragno, Photographo da Casa Imperial, Premiado na Exposição Nacional. Estúdio na Rua Riachuelo, 237, Porto Alegre. Datada em dezembro de 1868.
O suporte onde a foto é fixada apresenta o registro de novo endereço, para mesma rua número 237, a grafia de impresso muda novamente o emblema sofre alteração. Tem em dezembro de 1868 tem uma tiragem de 1387 fotos em relação a última.
Foto masculina, (melhorada digitalmente), pessoa não identificada, numerada em 6187. Verso com emblema ou brasão, L. Terragno, Photographo da Casa Imperial, Premiado Exposição Nacional, Rua Riachuelo, 237
São 2015 fotos em relação as de 12/1868, permanecendo as mesmas características, inclusive os do modelo.
Foto masculina sem identificação da pessoa, de óculos, aparentando nobreza. o verso identifica o estúdio na Praça Conde D’Eu, 58 em Porto Alegre. Registra o nome L. Terragno & Cia. Photographos da Caza Imperial . Registra uma medalha com alusão a inauguração da exposição Nacional em dezembro de 1875 e a segunda figura tem a face de Dom Pedro II Imperador do Brasil. Com estes dados tem-se uma estimativa que a foto foi realizada provavelmente 1876/77.
Foto de Jorge Raineri, oferecida a um amigo (Santos), em novembro de 1878, em Porto Alegre. O verso da foto Registra o estúdio do fotografo situado a Praça Conde D’Eu, 58, Tendo impresso o nome L.Terrano & Cia, Photographos da Caza Imperial - Premiado em 1866 – 1876, com duas menções honrosas e uma medalha de mérito.
O quadro foi corrigido digitalmente para melhorar a visão da foto que apresenta-se esmaecida pelo tempo.
Fotografia de uma criança (melhorada digitalmente), sem identificação. Verso com emblema e nome Terragno & Filhos, endereço Rua General Câmara, 46. Com quatro face de medalhas de premiação, último em 1881, Exposição Brasileira-Alemã.
Comentários Gerais Finais
As fotos representativas de vários períodos da vida de L. Terrano, a passagem por vários endereços, a mudança de nomes, - L. Terragno, L. Terrano & Cia. L. Terragno e Filhos – indica que buscou algumas associações em seu trabalho. Assim como a mudança de endereço de seu atelier. Os retratos, também apresentam evoluções a cada ano, demonstrando a preocupação do fotógrafo melhorar seu trabalho. A utilização de suas premiações no verso das fotos remete a preocupação da sua qualificação e conceitos comercial.
As fotografias de pessoas remete a lembrar os traços de valores culturais da época em que foi gravada, estéticas sociais, traços de história registro de memória pessoal apontam-se como elementos essenciais na representatividade da foto.
Podemos concluir por estas fotos: que se tem uma trajetória da vida do fotógrafo em instante de alternância de atelier, de recursos tecnológicos, empregados; que os fotografados tiveram uma certa preocupação pela preservação de sua memorial pessoal, bem como ter-se um registro da moda de roupas, de corte e penteados da época, e maneira de se vestir; que a fotografia é sem dúvida um documento de grande importância para a preservação da memória.
ABSTRACT
This report describes briefly the life of Terragno and Luigi says 13 of his own recording photo details that appear in the photos. It was used as a theoretical basis referenced texts, which contributed to appreciation of the detailed images. The paper concludes that the photograph is undoubtedly a document of great importance for the preservation of memory.
KEYWORDS
Luigi Terrano, Photography, Photographers
WIKIPEDIA. Luigi Terrano. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Terragno> Acesso em: 20 jun. 2010.
* Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Museologia e Bens Culturais, ministrada pela Professora Zita Possamai, julho de 2010. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com.
Rogerio Carlos Petrini de Almeida*
RESUMO
O texto relata brevemente a vida de Luigi Terragno e comenta 13 fotografias de sua autoria registrando detalhes que se apresentam nas fotos. Utilizou-se como base teórica textos referenciado, que contribuíram para apreciação dos detalhes das imagens. O trabalho conclui que a fotografia é sem dúvida um documento de grande importância para a preservação da memória.PALAVRAS-CHAVE
Luigi Terragno; Fotografia, Fotógrafos
1 INTRODUÇÃO
O Texto comenta uma breve trajetória a vida do fotógrafo Luigi Terragno, que recebeu de Dom Pedro II, o título de Fotógrafo da Casal Imperial, concedido a 23 pessoas da arte fotográfica, entre 1851 e 1889.Pioneiro na arte fotográfica na Província do Rio Grande do Sul radicou-se em Porto Alegre e é marcado como fotógrafo da Guerra do Paraguai, autor de algumas fotografias de ilustres, como o próprio Dom Pedro II e outras personalidades da sociedade. Além de inventar fixador de imagens para melhorar as qualidades das fotografias.
Este trabalho traz 13 fotografias da autoria de Terragno, cujos originais estão guardados no Museu Júlio de Castilhos.
As treze fotografias foram organizadas em ordem crescente de numeração e datas prováveis de gravação da imagem. Procurou-se relacionar todos os detalhes da face onde há o fotografado e do verso onde se tem informações relacionadas ao fotógrafo. Com isto se estabeleceu um comentário a respeito da trajetória do fotógrafo, nas mudanças de endereço de seu atelier, no registro de pessoas da sociedade local, na mudança de recursos empregados nas fotografias.
2 Luigi (Luis) Terragno
Nasceu na Itália em 1831 e veio a falecer no Brasil, em Porto Alegre-RS, em 16 de setembro de 1891, na pobreza. Casado com Balbina Ciro, em 1855. Teve 4 filhos: Luisa, nascida em 1858; Vitor em 1861; Candido em 1863 e, Antonio em 1875 (WIKIPEDIA, 2010).
Considerado fotógrafo pioneiro na arte fotográfica na cidade de Porto Alegre, se estabelece nesta cidade em 1853, onde registrou em imagem, personalidades, eventos relacionados a cidade e a Guerra do Paraguai. Seu primeiro atelier era na esquina das atuais ruas Vigário José Inácio e General Vitorino. Deslocou-se para outros endereços inclusive passando algum tempo na cidade de Pelotas-RS, entre 1885 e 1887, quando retorna a Capital (WIKIPEDIA, 2010). Segundo Costa (2010) no início de sua carreira manteve uma sociedade de um ano com o pintor Bernardo Graselli, mas imediatamente instalou um atelier com vendas de artigos de luxos, estojos, jóias, máquinas fotográfica, oferecendo ensinamentos na arte fotográfica. Como fotografo itinerante, também se estabeleceu em Rio Grande, rua Zallony, 31, oferecendo diversas técnicas fotográficas. Permaneceu por algum tempo em Desterro Santa Catarina, onde montou uma filial.
Tem autoria de milhares de fotografias entre as quais a do Imperador Dom Pedro II, em traje de gaúcho e fotos da Guerra do Paraguai, em 1865. Foi reconhecido como "Fotógrafo Imperial" (WIKIPEDIA, 2010).
Participou de vários eventos: em 1876, bicentenário do Estados Unidos, 1881 exposição Brasileiro_Alemã, Porto Alegre-RS. Em 1869 fundou a Loja Massonica Luz e Ordem dirigindo-a até 1880. Da 2ª Exposição Nacional, realizada no Rio de Janeiro (RJ), em1866, obtendo uma menção ( O Catálogo da II Esposição Nacional de 1866, (11.11.1866) não registra o nome de Luigi Terragno)
Destacou-se também como pesquisador de produtos e processos fotográficos, sobretudo daqueles derivados da mandioca, como o produto químico que divulga na 2ª Exposição Nacional em 1866 com a denominação de sulfo-mandiocate de ferro.
2.1 Óbito
Notícias sobre o óbito de Luigi Terrano em jornais da época.
3 Fotografia como objeto, como documento
Costa (2009) em seu artigo relata que as fotografias são construídas com objetivos. Objetivos tanto do fotografo como do fotografado. A composição fotográfica segue o suporte técnico da sua época e são constituídas por um sentimento do fotógrafo. Toda fotografia tem sua história ou guarda uma história e o trabalho com fotografia não se apresenta fácil, mas o documento enigmático e codificado. Em se tratando de pessoas fotografadas, pode-se entender que o fotografado tem o desejo de construir sua memória visual, como era o caso de homens de elite do século passado.Costa (2009) descreve que a fotografia “é feita de instante, um pequeno momento de registro de uma cena que se faz eternizar”, que enquanto documento registra a realidade externa do objeto, leva a diferentes épocas e lugares e remete que ao fim do rápido instante de tirar a foto, a imagem obtida se torna a realidade representada.
Para uma análise da fotografia é necessário que se tenha um bom conhecimento do período em que a foto foi realizada, das técnicas empregadas, da vida do fotógrafo e das técnicas que utiliza, da condição do atelier, em fim tudo que está inserido no contexto do objeto fotografado (COSTA, 2009).
Os pequenos retratos chamados de carte-de-visite, que significa do tamanho de um cartão de visita, pelo seu custo proporcionou ao publico em geral um maior acesso ao retrato, que geralmente era destinado a parentes e amigos, por vezes acompanhado de dedicatórias escritas no verso (COSTA, 2009).
O papel albuminado presente no período imperial permitiu melhorar a reprodução das fotos e através dele que surgiu o popular carte-de-visite. O uso do papel albuminado exigia menor exposição, proporcionando maior regularidade nas imagens em definição. Podiam ser guardados depois de sensibilizados pelos sais de prata, responsáveis pela reprodução das imagens. Observa-se ainda que nesta época conforme a técnica empregada deveria haver uma longa permanência parado em frente a máquina para se ter uma boa foto (COSTA, 2009), pois os recursos de fotografia em movimento foram se aperfeiçoando ao longo dos anos.
4 Fotografias de Pessoas tiradas por Luigi Terragno
Foto de uma mulher sem identificação, aparentemente bem vestida e de projeção da sociedade. Foto provavelmente tirada em atelier, com algum tempo de exposição face a mulher estar se apoiando a uma cadeira.Vestes em corres um pouco fora do requisitado por fotógrafos da época, que se resumia ao preto para melhor definição da foto (COSTA, 2009). Foto 865, onde se registra o nome Luis Terragno, no rodapé e, verso sem alusão ao atelier do fotógrafo, remessando a se pensar que estava em início de carreira, sem ainda ter recebido premiações. Observa o Luis em português.
Fotografia feminina de pessoa não identificada, numerada em 1220, atelier identificado como L. Terragno, Photographo da Casa Imperial, Rua Riachuelo 182, Porto Alegre. A foto não apresenta um fundo apenas a imagem da pessoa, séria, em vestes escura.
Foto masculina (melhorada digitalmente), pessoa não identificada, numerada em 1252, Verso com emblema ou brasão, nome L. Terragno, Photographo da Casa Imperial, Rua Riachuelo 182, Porto Alegre.
As fotos 1820 e 1830, ambas de personagem femininas, com vestimentas com semelhanças, e silhuetas parecidas, possibilitam a idéia de pessoas próximas socialmente. O verso das duas fotos é idêntico, inclusive igualando a foto de numero 1252, indicando o mesmo atelier e mesmo material.
Fotografia (melhorada digitalmente) de pessoa masculina, numerada em 2222, no verso apresenta um emblema e nome L. Terragno, Photographo da Caza Imperial, estúdio localizado a Rua Riachuelo, 182, Porto Alegre, anotação da data provável 1866.
Em comparação com a fotografia de numero 1252, 970 foto de diferença se observa a troca de gráfica da base onde a foto é fixada anotando-se a permanência da margem azul, porém com troca emblema, talvez pela mudança de gráfica, aparecendo a nova grafia de caza com “Z”, o endereço do atelier, permanece o mesmo. Nota-se que as características fotográficas permanecem apresentando esfumaçamento da parte inferior, as vestes se aproximam demonstrando uma proximidade da época da foto.
Frente melhorada com recursos digitais apresenta figura masculina traje mais alinhado, sentado em uma cadeira. Verso da foto identifica L. Terragno Photographo da Casa Imperial Premiado na exposição nacional, Estúdio na Rua Riachuelo, 182 – Porto Alegre. A fotografia está numerada com o número 2695. Aqui aparece o registro do primeiro prêmio conquistado em 1866, e desaparece a margem azul, emblema tem alterações provavelmente nova o mudança de gráfica e registra também, a manutenção do endereço do atelier. O personagem da foto apresenta tem veste mais requintado e um posicionamento fotográfico mais perfilado. Em relação a última numerada em 2222, demonstrando uma tiragem de 473 fotos, neste intervalo de tempo.
Fotografia feminina, de corpo inteiro, sem numeração, porém o verso da foto se assemelha a do número 4082, indicando proximidade de tempo. Foto no atelier. a cadeira onde se escorra aparece em outras fotografias.
Fotografia masculina (frente melhorada digitalmente), numerada em 4082, pessoa não identificada. Verso apresenta um brasão e nome de L Terragno, Photographo da Casa Imperial, Premiado na Exposição Nacional. Estúdio na Rua Riachuelo, 237, Porto Alegre. Datada em dezembro de 1868.
O suporte onde a foto é fixada apresenta o registro de novo endereço, para mesma rua número 237, a grafia de impresso muda novamente o emblema sofre alteração. Tem em dezembro de 1868 tem uma tiragem de 1387 fotos em relação a última.
Foto masculina, (melhorada digitalmente), pessoa não identificada, numerada em 6187. Verso com emblema ou brasão, L. Terragno, Photographo da Casa Imperial, Premiado Exposição Nacional, Rua Riachuelo, 237
São 2015 fotos em relação as de 12/1868, permanecendo as mesmas características, inclusive os do modelo.
Foto masculina sem identificação da pessoa, de óculos, aparentando nobreza. o verso identifica o estúdio na Praça Conde D’Eu, 58 em Porto Alegre. Registra o nome L. Terragno & Cia. Photographos da Caza Imperial . Registra uma medalha com alusão a inauguração da exposição Nacional em dezembro de 1875 e a segunda figura tem a face de Dom Pedro II Imperador do Brasil. Com estes dados tem-se uma estimativa que a foto foi realizada provavelmente 1876/77.
Foto de Jorge Raineri, oferecida a um amigo (Santos), em novembro de 1878, em Porto Alegre. O verso da foto Registra o estúdio do fotografo situado a Praça Conde D’Eu, 58, Tendo impresso o nome L.Terrano & Cia, Photographos da Caza Imperial - Premiado em 1866 – 1876, com duas menções honrosas e uma medalha de mérito.
O quadro foi corrigido digitalmente para melhorar a visão da foto que apresenta-se esmaecida pelo tempo.
Fotografia de uma criança (melhorada digitalmente), sem identificação. Verso com emblema e nome Terragno & Filhos, endereço Rua General Câmara, 46. Com quatro face de medalhas de premiação, último em 1881, Exposição Brasileira-Alemã.
Comentários Gerais Finais
As fotos representativas de vários períodos da vida de L. Terrano, a passagem por vários endereços, a mudança de nomes, - L. Terragno, L. Terrano & Cia. L. Terragno e Filhos – indica que buscou algumas associações em seu trabalho. Assim como a mudança de endereço de seu atelier. Os retratos, também apresentam evoluções a cada ano, demonstrando a preocupação do fotógrafo melhorar seu trabalho. A utilização de suas premiações no verso das fotos remete a preocupação da sua qualificação e conceitos comercial.
As fotografias de pessoas remete a lembrar os traços de valores culturais da época em que foi gravada, estéticas sociais, traços de história registro de memória pessoal apontam-se como elementos essenciais na representatividade da foto.
Podemos concluir por estas fotos: que se tem uma trajetória da vida do fotógrafo em instante de alternância de atelier, de recursos tecnológicos, empregados; que os fotografados tiveram uma certa preocupação pela preservação de sua memorial pessoal, bem como ter-se um registro da moda de roupas, de corte e penteados da época, e maneira de se vestir; que a fotografia é sem dúvida um documento de grande importância para a preservação da memória.
ABSTRACT
This report describes briefly the life of Terragno and Luigi says 13 of his own recording photo details that appear in the photos. It was used as a theoretical basis referenced texts, which contributed to appreciation of the detailed images. The paper concludes that the photograph is undoubtedly a document of great importance for the preservation of memory.
KEYWORDS
Luigi Terrano, Photography, Photographers
REFERÊNCIAS
COSTA, Ialê Menezes Leite. A fotografia no Brasil Império: Fotografias de Luiz Terrano e Carlos Cesar na Guerra do Paraguai (1865 – 1870). Trabalho de conclusão de curso. Departamento de história. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 51 p. 2009.WIKIPEDIA. Luigi Terrano. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Luigi_Terragno> Acesso em: 20 jun. 2010.
* Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Museologia e Bens Culturais, ministrada pela Professora Zita Possamai, julho de 2010. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com.
A fotografia de um homem "aparentando nobreza" trata-se de Gaspar Silveira Martins. Veja síntese abaixo:
ResponderExcluir"Gaspar da Silveira Martins (Bagé, 1834 -- Montevidéu, 1901) magistrado e político brasileiro. Foi deputado provincial, deputado geral, presidente de província, ministro da Fazenda e senador do Império do Brasil de 1880 a 1889. Advogado e político,[...]. Disponível em: . Acesso em 26 mar. 2019.