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sábado, 11 de dezembro de 2010

Porto Alegre: Trilhos urbanos em recortes


Porto Alegre: Trilhos urbanos em recortes


Rogerio Carlos Petrini de Almeida*


Resumo
O texto relata uma breve trajetória da vida da linha ferroviária Barro do Riacho, construída para o transporte de asseio da cidade, se estendendo a serviço de cargas e condução de passageiros. Elemento fomentador de desenvolvimento da zona sul da cidade foi desconstruída por apresentar déficit e pela necessidade de transporte de cubos sanitários suprimidos pela urbanização da cidade. O objeto principal deste trabalho é identificar vestígios em recortes para  e apurar se a cidade preserva suas memórias. Como método se utilizou a pesquisa junto a fontes guardiãs de história da cidade: arquivos e museus; a consulta a sites na internet, visitação a locais onde provavelmente existiram os trilhos. Resulta por fim em uma conclusão que a Cidade avança em sua  modernização capitalista, modifica sua paisagem apaga alguns traços mas guarda de alguma forma registros que permitem relembrar ou reconstruir seu passado.

Palavras chave: Estrada de Ferro. Estação de Trem

Introdução
             As edições do jornal A Federação do ano de 1872, trazem poucas notícias a respeito de vias férreas e de bondes ou bonds, como eram denominados na época. O Correio do Povo de janeiro de 1961 publica a reportagem “do Burro a Eletricidade”, de Walter Spalding, onde se tem conhecimento da existência de trilhos, provavelmente em madeira, da várzea  do rio prosseguindo até o caminho da Azenha (AV. João Pessoa), feito de Estácio da Cunha Bittencourt e Emilio Gemgembre (francês), na data de 14 de abril de 1863, em bonds com tração animal.
             Descobrir um passado que embora não nos parece muito distante talvez se torne uma tarefa um pouco árdua, pois, nos remete a várias pesquisas e a formular várias indagações sobre se o que temos é suficiente ou se as informações correspondem ao fato.
Porto Alegre tem 238 anos e se modernizou rapidamente, e se adequou aos novos tempos o mais breve, sem procurar talvez, guardar todas as minúcias de sua história, e com isto ofuscou alguns vestígios que compõem o seu passado. O que se procura neste trabalho é reviver o transporte sobre trilhos de ferro, que existiam na zona urbana que hoje é conhecida.
            O texto é baseado em pesquisas efetuadas junto a fontes locais que abrigam memória da cidade – Museu de Comunicação Hipólito Jose da Costa, Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul - em suportes como jornais, almanaques, fotos, em questionamentos junto a empresas do segmento e pesquisa na internet.
            A história da viação férrea no município segue dois caminhos as dos trens propriamente ditos e as dos bonds estes com uma longevidade maior. No entanto, este trabalho se fixará, principalmente, aos trajetos de linhas que seguem até os ditos balneários que na época finalizava no local denominado então e até hoje, de Pedra Redonda, passando pelos Bairros Cristal e Tristeza, partindo da Cidade Baixa e ou do Centro da Capital, conforme a época.
             Trilhos, termo do português brasileiro, destinado a identificar principalmente o caminho em que trafegam os trens e bondes. Também chamados de carris, são constituídos de peças de ferros estreitas e longas colocadas sobre dormentes onde se acomoda o veículo (WIKIPÉDIA, 2010).
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 Estação Anhumas em Campinas-SP – Trem chamado de Maria fumaça em destaque os trilhos- foto retirada da Wikipédia 05\2010
            Reconstruir através de recortes, estes trajetos e relembrar o transporte, como foi construído tais caminhos de ferros, que sustentavam máquinas que evoluíram e se apagaram na memória das comunidades locais, por certo deixam vários questionamentos, a serem respondidos com pequenas descobertas e investigações, de fatos, de registros que nem sempre são completos ou estão ao nosso alcance de imediato.
            Trem tem um entendimento popular de composição de um ou mais vagões, movido por uma máquina chamada de locomotiva, ou nos seus primórdios por tração animal, sobre trilhos, com a finalidade de transporte de carga ou passageiros e com um trajeto planejado guiado pelos trilhos.


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Desenho do que seria uma das primeiras locomotivas- Wikipédia - 05\2010



            Indaga-se neste trabalho se a cidade apaga seu passado ou permite que se recomponha sua história através de recortes de épocas, da preservação de seus monumentos e documentos, pois os trilhos foram subtraídos da paisagem atual e os trens já não circulam mais no mesmo perímetro, talvez o metrô que hoje existe partindo do mercado público da cidade para o interior se prolongue para a mesma direção dos chamados antigamente balneários.

2 A Federação ano de 1872: Notícias de Bondes e   Trens

            O jornal A Federação deste ano de 1872, encontrado no Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, publica poucas notícias a respeito da viação férrea em nosso Estado e outros poucos tópicos sobre bondes, que começam a ter atenção nas publicações.
Em 12 de novembro circula a notícia de que a experiência de trens movidos a ar comprimido é positiva e sendo adotada em Chicago Estados Unidos, como transportes urbanos. 
Em 03 de julho de 1872 aparece o registro baseada no jornal O Constitucional de que a concessão da companhia de bondes para a cidade de Porto Alegre, organizada no Rio de Janeiro, teve privilégios a pessoas, e, houve contestação. Não especifica aqui qual era a companhia.
Em 6 de dezembro, se notícia a conclusão das obras de colocação de trilhos da praça da Independência  até a igreja Menino Deus, com uma extensão de 3,4 km. Há um reforço na ponte do Menino Deus e a divulgação de outras obras em várias ruas da cidade, para a colocação de trilhos. Neste espaço se informa que a barca Favorita está no Porto de Rio Grande com seis (6) bondes e que outros 16 já saíram dos Estados Unidos. As instalações de cocheiras (para os animais de tração dos bondes), na várzea da cidade estariam sendo conduzida de forma acelerada.
Em 27 de dezembro de 1872 (sexta-feira) veicula a notícia de que chegara ao Porto em 25 de dezembro, bondes para empresa ferro caril destinados a suprir o trecho do Bairro Menino Deus, a ser inaugurado em dias próximos, mas sem definir data. Em 29 de dezembro dá a chegada do navio Favorita, no dia anterior, ao cais do Porto. Observa-se que há um desencontro nos dias, possivelmente provocado pelo atraso da chegada da barca Favorita, vinda de Rio Grande/RS.

3 A estrada de Ferro do Riacho

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A estação do Riacho em cartão postal. Cessão João Pires Barbosa Filho – Foto extraída do site Estações Ferroviária do Brasil. Em 04.2010. Em observação a foto tem-se que a frente da estação está o Riacho Ipiranga e se projeta para o fundo o Guaíba e os morros que dão para o Cristal.


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Foto digital tirada de um programa de TV Clovis Duaerte em 07.2010. Está foto também pode ser encontrada em jornais da época, e revela o embarque no trem que partia da estação Barra do Riacho em direção a Tristeza. ( Ano da Foto? Quem Tirou?)
           

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Foto digital, tirda do programa de TV Clovis Duarte, em 07.2010, aparecem mais detalhes que a foto anterior, registrando ao lado esquerdo a ponte de Pedra existente ainda hoje, no Largo dos Açorianos.
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Foto digitalizadado programa, Clóvis Duarte na TV Pampa canal 4, em 29.07.2010, onde mosra o trem em deslocamento pelo trecho do Menino Deus. (Ano?, Fotografo?)

            Há um mapa, no Museu Felizardo de 1840 onde se projeta a localização da Estação do Riacho com trens destinados a Tristeza cuja localizando da estação esta na ponto do Arraial da Baroneza,a Barra do Riacho, denominação da época.
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A estação do Riacho é mostrada neste mapa publicado num Guia Levi de 1957, foto estraída do site Estações Ferroviárias do Brasil. Observa-se uma linha tracejada mais forte contornando a margem do rio até o alto a direita onde se lê rio, acima a estação Riacho o que parece ser o local da ponte de pedra hoje localiza-se a Procergs. Detalhe a frente da Estação em destaque maior o Riacho Ipirang,a ainda não desviado de seu curso.

Magalhães (19--) em seu artigo relata que em sessão do Conselho Municipal de 1893 tem-se referencia a construção da Estrada de Ferro do Riacho, com um orçamento inicial, no valor de 400 contos de réis. Que os benefícios do transporte terrestre em comparação com o fluvial era incontestável, pelo tempo  de deslocamento de apenas 30 minutos  em relação a três ou mais horas que levaria pelo meio fluvial, sem contar a desconfiança de se largar o desejo contidos nos cubos em qualquer parte do rio. O transporte o ferroviário com objetivo principal saneamento da cidade  tem o projeto encabeçado pelo intendente Alfredo Augusto de Azevedo que exerceu atividade entre 12/10/1892 a 02/01/1896, e foi aprovado pelo conselheiro Ramiro Barcelos  sob a contestação do conselheiro Raphael Gonçalves Ventura, que se exonera do cargo alegando que o custo inviabilizaria a prefeitura. Em sessão Municipal de 1895 há referência de inauguração da estrada para março ou abril de 1896. Em sessão de dezembro de 1896 e publicação na A Federação de 07 de janeiro de 1897, o arrendamento ou venda da estrada de ferro pela quantia de 60.000$000 e embora colocada a venda, continuou pertencendo ao município, naquela época.
Relata Ferrari (2010) que em 20 de setembro de 1894 tem início a construção da Estrada de Ferro do Riacho, sendo inaugurada em 1896, tendo os trilhos destruídos pela enchente de 1898 e reconstruída até 1899 quando começou a funcionar novamente.
A Estação Ferroviária do Riacho foi aberta em 1899 inaugurada em 14.01.1900 conforme Giesbrecht (2010) cujos objetivos iniciais o transportes de carga de cubos de excrementos. Neste episódio podemos constatar que houve uma reinauguração da estrada de ferro, após a sua reconstrução devido a enchente ocorrida na época. Marques (2010) em seu artigo traz a narrativa onde se fala dos cubos da época e nos fornece uma boa compreensão:
O famoso cubo.  Era um barril de madeira cônico, e tinha uma tampa e um arco de ferro que prendia. Então as pessoas faziam as necessidades ali e uma vez por semana eles vinham trocar este cubo. Eram uns carroções grandes de quatro rodas, com quatro mulas, que tinha uma caixa grande, e é como o caminhão de gás hoje, eles levavam o cheio e deixavam o vazio. Mas muitas casas eram porta e janela e eles passavam com aquilo dentro de casa. Então de vez em quando no almoço... e depois daquilo cheio, eles iam despejar. Ali depois do estádio do Inter tem uma lombinha que eu sempre conheci como o asseio. Ali tinha uma usininha e era o despejo. Então tinham umas calhas que levavam até dentro do rio. Eles despejavam e jogavam água e levava rio abaixo in natura.


O transporte era entre o bairro do Riacho e do Asseio. Ou ponta do Mello (GIESBRECHT, 2010), hoje localizado onde fica o Museu Iberê Camargo ou nas suas imediações onde ficava o Estaleiro Só, mais propriamente ao lado do riacho Sanga da Morte, que ali se encontra.
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Desenho de Hélio Ricardo Alves mostra como era feito o despejo na Ponta do Melo - Foto: Reprodução
Extraído artigo de Machado (2010).

A principio a tração era animal, mas em notícia do Correio do Povo de 18.12.1908, se refere a melhoria das máquinas da linha o que se pressupõem que a tração ocorra a vapor nesta época.. Em 1912, a linha foi estendida até a praia de Pedra Redonda (GIESBRECHT, 2010).
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Fotografia do mapa que se encontra no Arquivo Histórico Moyses Vellinho 05.2010 Recorte de jornal não identificado (02.11.80)

A Federação de 29 de setembro de 1926 publica o estudo de arrendamento para Estrada de Ferro do Riacho, em vinte sete cláusulas a serem acordadas com a empresa Dahne, Mazini e Cia, pelo prazo de três anos, podendo ser prorrogados.  Deste contexto se extrai o seguinte:
- a Municipalidade fornecerá os trilhos, talas de junções, dormentes, para a atual linha que vai da Estação do Riacho para a Pedra Redonda e haverá prolongamento que fica a cargo da contratada.
- que tarifas de cargas e passageiros ficam a cargo da aprovação do Conselho Municipal.
- passe livre para Comandante da Brigada relativo ao estacionamento do Cristal.
- passe livre para operários da empresa que moravam na Tristeza.
- prolongar a linha da Villa Nova até Belém Velho.
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Fotografia do mapa que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho 05.2010 Recorte de jornal não identificado (02.11.80)

Em 1937 ou 1938 já sob administração da Viação Férrea do Rio Grande do Sul é desativada com seus 13,7 km de extensão (GIESBRECHT, 2010).
Com relação a extinção da ferrovia  Ferrari(2010) diz:
No livro “Aspectos Gerais de Porto Alegre”, de 1945, no item que fala do assunto, sob o título “A Estrada de Ferro do Riacho em 1940″ consta o seguinte texto “Quando foi suspenso o tráfego dessa estrada, que estava sendo realizado por ordem do Governo do Estado; os prejuízos com essa exploração se elevavam a Cr$ 1.192.812,20 (…)”, o que leva a supor que funcionou até 1940.

3.1 Salários do quadro funcional da Estrada de Ferro do Riacho

Sem pretenções de levantar um histórico das faixas salárias aos longos dos anos da existência desta via ferrea, relaciona-se o valor dos sálarios  publicados no jornal A Federação em 04 de setembro de 1926, com a finalidade de ser ter uma visão da quantidade de funcionários e o salário  correspondente, lembrando que a moeda da época éra o mil-réis, que se torna pouco compreensível se convertido para a moeda atual que é o Real onde se teria a proporção de um (1) real para 2.750.000.000.000.000$000 mil-réis.  Apura-se pelo quadro a existência de 11 funcionários atuante na linha férrea, neste ano, e, que os salários registrados para estacionários de 2° classe e chefe de trem merecem a divisão pelo número de pessoas.
quantidade
Cargo
Valor
01
Diretor
18:000$000
01
Chefe de locomoção
  7:200$000
01
Colaborador
  3:600$000
01
Estacionário de 1 classe
  4:800$000
03
Estacionário de 2 classe
12:600$000
02
Chefe de Trem
  7:200$000
01
Fical de Trem
  5:400$000
01
Servente
  2:160$000
               Este quadro é uma reprodução dos dados do Jornal A Federação de 09/1926.
3.2 O transporte de passageiros
O transporte de passageiros iniciou em 1901 e era efetuado por carros: 5 fechados e 3 abertos. As mercadorias transportadas em 7 plataformas e 2 vagões fechados e outros 3 para o asseio. Registrou 174.200 passageiros para o ano de 1922 sendo 63.988 passes livres (MAGALHÃES, 19--).
A primeira viagem iniciava as 8h00 e a última Às 16h30, aos domingos hávia horários extras, 08, 10, 14 e 16 horas tendo o percurso de extremo a extremo a duração de 30 minutos, com preços de 1$000 e 500 réis. Eram efetuadas paradas no seguintes pontos: Rua jose de Alencar, Asilo da Padre Cacique, Defronte o quartel no Cristal, Hospital da Brigada (vila Assunção), tristeza e Pedra Redonda de onde retornava (MAGALHÃES, 19--).
Do  recorte de jornal de datado de 24 de abril de 1957, existente em pasta no Arquivo Histórico de Porto Alegre, Moises Vellinho extraíu-se a sequintes tabelas:
Tabela de passageiros que utilizarão o serviço de trens entre 1900 e primeiro semestre de 1911.
Anos
Passageiros
1900
41.674
1901
34.806
1902
34.777
1903
44.726
1904
51.553
1905
65.520
1906
81.784
1907
93.079
1908
107.909
1909
100.024
1910
116.958
1911-primeiro semestre
070.217
Total
843.027

Tabela demonstrando o valor das passagens  e o valor dos frete e preço por quilogramas de bagagens transportadas.
Passagens
Ida
Adulto
500 réis
Menores
300 réis
Escolares
200 réis
Horário especial  vagao ate 400 passageiros
32$000 réis
Horário especial vagao ate 60 passageiros
48$000 réis
Frete o KG
10 réis
Bagagens o kg
20 réis

 Com estes dados pode-se observar o crecente número de movimentação de passageiros, tendo a concorrência de ônibos, para o bairro Tristeza iniciado em 1926. Outro fator a considerar é o grande número de passes livres, talvez provocando o déficit que mais tarde provocou a desativação da linha.

3.3 A extinção da Linha férrea
            A ferrovia teve sua instalação com a finalidade de transportar os cubos sanitários da cidade. Em 1913 tem o início da instalação de rede de esgoto  e foi propagada até 1937, quando se elimina o sistema dos cubos, em consequência se elimina o serviço deste transporte pela via férrea estabelecida (MAGALHÃES, 19--). Outros fatores levaram a extinção da ferrovia, o déficit de receita em suas contas, e, a alternativa de transporte por ônibus de passageiros para os balneários e ainda, a incorporação dos trilhos pela VFRGS – Viação Férrea do Rio Grande do Sul, desencadeia sua extinção, como meio de transporte de passageiros. O trecho Riacho até o porto da Capital sobrevive até 1964, quando é desativado para urbanização do local, pela prefeitura. Os trilhos são removidos e suas estações desativadas, desaparecendo da paisagem da Cidade.

4 Estação Tristeza

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A estação de Tristeza, provavelmente nos anos 1910. Foto do livro (em preparação) de Carlos Cornejo e Eduardo Gerodetti, Lembranças do Brasil - As Ferrovias nos Cartões Postais e Álbuns de Lembrança.  Foto com dizeres,  extraída do site estações ferroviárias.com.br.


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Foto digital tirada do programa de TV Clovis Duarte, em 07.2010, é a mesma do cartão postal, anteriormente revelada.

Inaugurada em 14.01.1900 (Ferrari, 2010). Era na verdade a ponta de um ramal da estrada de ferro do Riacho promoveu o desenvolvimento do bairro. Os guias de horários ainda acusam trens entre as estações de Riacho e de Pedra Redonda, passando por Tristeza, em 1932, em seguida desaparecendo dos guias em 1938. Há o registro em fotos  de trens e passageiros datados de 1934.

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   Fotografia reportagem que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho 05.2010. Foto do Correio do Povo de 20.11.1983, p. 18, Coluna Transportes. Não identifica se a estação é na Tristeza ou da Barra do Riacho.

Tempo de Flor, obra do autor Augusto Meyer, traz lembranças dos trens no largo da Tristeza, do último horário às 17 h, da estação ao lado da Ponte do Riacho (MACHADO, 2010).
Estação Tristeza, de trens  tinha sua localalização na praça  Comendador Souza Gomes, não há vestígios e o local exato, as ruas foram alargadas, invadindo a antiga praça. praça.clip_image032[4]
Mapa por satélite retirado do Google mapas em 06/2010

5 Estação Vila Nova
Magalhães( 19--) relata em seu artigo que:
No Correio do Povo de 19 de outubro de 1926, em um artigo intitulado “Inauguração de um ramal ferroviário À Vila Nova”, temos informação deste processo de extensão da linha. Com a eleição de Jose Montaury para intendente de Porto Alegre, em 1926, Vicente Monteggia, que fora seu colaborador na direção da Repartição de Terras e Colonização na região Italiana, veio a capital com a finalidade de fundar uma vila. Em 1924, quando o Partido Republicano Lançou candidatura do Engenheiro Otavio Francisco Rocha, para a intenência de Porto Alegre, Montéggia procurou-o prometendo todos os votos da Vila Nova, mas queria que fosse feito um ramal da estrada de Ferro do Riacho para aquela região. Otávio Rocha prometeu-lhe um ramal, caso fosse eleito.
O jornal O Ferroviário de Porto Alegre, em edição de 1/11/1926 noticiou o fato da seguinte forma:
No domingo, 17 de outubro, realizou-se a velha aspiração dos laboriosos moradores do próspero arrabalde de Vila Nova, com a inauguração de um ramal férreo, que partindo do Cristal alcança aquele povoado. Às 10 horas partiu do cais do porto o trem inaugural com dois carros repletos de autoridades, convidados e uma banda de música. Chegados ao ponto inicial, pouco além do Cristal, desceram todos os excursionistas e dirigiram-se junto à chave que dá entrada para o ramal de Vila Nova, cuja chave estava amarrada com fitas com as cores do Estado. O Sr. Major Alberto Bins, vice-intendente da Capital, representando o Sr. Dr. Octavio Rocha, digno intendente, cortou as fitas e pronunciou as seguintes palavras: 'Neste momento, em nome do Intendente Municipal, e como Vice-Intendente, cabe-me a honra de abrir a chave do desvio, que liga a estação do Cristal ao arraial de Vila Nova, eu o faço em nome do Intendente Municipal, que com isso, cumpre mais uma promessa dos grandes melhoramentos prometidos, para o embelezamento e para o progresso do município de Porto Alegre'. As última palavras foram recebidas com vivas e palmas. Em seguida pos-se o trem em movimento, em demanda da estação Vicente Monteggia, ponto terminal do ramal, no centro da Vila Nova. A linha que percorre a distância de 4.200 metros, entre plantações, parreiras e chácaras, oferece ao viandante uma visão exata da prodigiosa fertilidade da terra e da inteligente laboriosidade dos habitantes a estação do Cristal ao arraial de Vila Nova, eu o faço em nome do Intendente Municipal, que com isso, cumpre mais uma promessa dos grandes melhoramentos prometidos, para o embelezamento e para o progresso do município de Porto Alegre'. As última palavras foram recebidas com vivas e palmas. Em seguida pos-se o trem em movimento, em demanda da estação Vicente Monteggia, ponto terminal do ramal, no centro da Vila Nova. A linha que percorre a distância de 4.200 metros, entre plantações, parreiras e chácaras, oferece ao viandante uma visão exata da prodigiosa fertilidade da terra e da inteligente laboriosidade dos habitantes daquela zona. À chegada da comitiva em Vila Nova subiram ao ar inúmeros foguetes, os sinos repicaram e a população dava vivas que eram correspondidas pelos excursionistas. Em seguida foi inaugurada a estação Vicente Monteggia, perante as altas autoridades municipais, convidados e enorme multidão. Houve banquete, churrasco e a mais franca alegria, todos felicitando aos dignos moradores de Vila Nova pelo útil melhoramento que aos esforços do Dr. Octavio Rocha eles deviam. Durante todo o dia e pela noite adentro, grande foi a concorrencia ao belo arrabalde para participar dos festejos e regozijo popular.
 
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ACIMA: O momento em que o Sr. Major Alberto Bins, vice-intendente, corta a fita simbolica e entrega ao tráfego o novo ramal férreo (Acervo Paulo N. de Carvalho).(Fontes: O Ferroviário, Porto Alegre, 1926; Attila do Amaral: Primordios e Desenvolvimento do Transporte Ferroviário no Rio Grande do Sul, Ministério dos Transportes, 1970; Gazeta do Povo, Porto Alegre, 2008; Guias Levi, 1932-60

       A seguir esta reproduzido parcialmente,  um mapa, datado de 1936, de desapropriação de terrenos para a construção do trecho vila nova/ Matadouro Modelo e segue em direção a Belém Velho, o que se deduz que a Viação Férrea Rio Grandense elaborou estudo para estender o trecho mas sua execução e não foi levada adiante.
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 Fotos digital de mapa em poder do Arquivo Histórico Moises Vellinho

6 Estação Cristal
A estação ou parada de trem do Cristal insinua que fazia chave para o deslocamento para a Tristeza e para a estação Vila Nova. Pertencia a administração da Estação Férrea do Riacho, de 1926, quando foi construída até 1938 quando passou para a administração da Viação Férrea do Rio Grande do Sul, aparecendo 1966 como ano de sua extinção (GIESBRECHT, 2010).
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Fotografia reportagem que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho 05.2010


Estação Cristal – Na esquina da Cel. Claudino e Av Icaraí, no mapa por satélite do Google, onde se Melson Tumelero, ( Escrita esta deslocada do ponto referencial) . O prédio foi destruído a cerca de uma década e não consta vstigio no local, apenas um terreno vazio.
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Mapa por satélite retirado do Google mapas em 06/2010

7 Estação Idefonso Pinto
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1 foto - a estação, provavelmente anos 1950. Acervo Alfredo Rodrigues.
2 foto a estação, à esquerda, vista do rio Guaíba, nos anos 1960. O prédio à direita é o da prefeitura, então em construção. Foto de artigo publicado no jornal Zero Hora em 15/05/2004, enviado por Walter Langbeck – Texto e Fotos extraídas do site Estações Ferroviárias do Brasil, 2010.


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Foto copiada, em 05.2010, do site da Estação de Ferro do Brasil. Sem data.


Construída e inaugurada em 1927 para ser a estação inicial da ferrovia Riacho-Tristeza, situava-se na Borges de Medeiros esquina com a Avenida Mauá. Foi demolida em 1972. Até 1944 aparece como linha inicial do percurso Riacho-Tristeza. Ligava-se a estação central de Porto Alegre e em alguns horários saiam trens direto para o interior. Passou pelas administrações Viação Férrea Riograndense e pela Rede Ferroviária Federal (GIESBRECHT, 2010).
A seguir reproduz-se um documento que se encontra no Arquivo Histórico Moisés Vellinho, que registra um histórico desta estação.
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8 Estação Navegantes
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A Estação de Navegantes foi inaugurada em 11.12.1885, inicialmente apenas como uma parada de trens, localizada no final da rua Voluntário da Pátria, em frente a igreja, em 1907 contata-se em registro a existência de um quiosque em madeira de 16m2 (GIESBRECHT, 2010).
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A estação, apenas uma plataforma, em foto aparentemente do início do século 20. Foto do livro Estrada de Ferro - Contribuição para a história da primeira ferrovia do Rio Grande do Sul, de Germano Oscar Moehlecke.(Foto extraída do site estaçãoferroviaria.com.br, em  50/2010)

9 Estação Porto Alegre

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1a estação (1874-1910) - 2a estação (1910-1969) - 3a estação (1970-1983)
Fotos extraídas do site Estação ferroviárias do Brasil, 04/2010.

A estação original de Porto Alegre era um prédio de madeira, pré-fabricado proveniente da Inglaterra, e foi inaugurada em 14.04.1874 para atender à linha Porto Alegre - São Leopoldo. Situada em um terreno a beira do rio Guaíba, entre a Rua Voluntários da Pátria e a atual Avenida Júlio de Castilhos e entre as ruas da Conceição e a atual Dr. Barros Cassal, sendo demolido em 1910 mesmo ano em que foi entregue a segunda estação, o "Castelinho". A nova era uma estação maior, de alvenaria mais ou menos na mesma área, se não no mesmo local, da estação original (GIESBRECHT,2010).

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ACIMA: O pátio da estação de Porto Alegre, o "Castelinho", com as linhas, em 1915 ("Molitor Report", Brazil Railway Co., 1915). Foto extraída do site Estação Ferroviária do Brasil, 04.2010.

O prédio ficava de frente para a Rua Voluntários da Pátria, e era recortado, com dois andares mais uma torre. A estação foi desativada e demolida entre 1969 e 1970, pois sobre ela passou o viaduto da Conceição (GIESBRECHT, 2010).
A terceira foi inaugurada em 14 de abril de 1970, na Rua Voluntários da Pátria, 1358. Desativa em 10/03/1983, com a inauguração do TRENSURB. Os trens passaram a sair de Canoas, próxima ao aeroporto (GIESBRECHT, 2010).
A Administração da viação férrea da estação central passa pelas administrações da Porto Alegre and New Hamburg Brazilian Ry entre 1874 e 1905; Cie Auxiliaire dês Chemins de Fer au Brésil entre 1905 e 1920; Viação Férrea do Rio Grande do Sul, entre 1920 e 1975 (estatizada em 1957) e a partir de 1975 até 1983 ficou sob administração da Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA) (GIESBRECHT, 2010).

10 Mapas de localização do percurso férreo em Porto Alegre
Com base em pesquisa se obteve alguns mapas que registram o percurso dos trens em área urbana de Porto Alegre. O primeiro mapa a seguir, tem projetado o traçado da linha férrea sobre um mapa recente da cidade de Porto Alegre. Uma linha em vermelho feito a mão, no proporciona a apreciação dos caminhos realizados pelos trens e estações aqui mencionados. Os demais mapas são reproduções fotográficas de originais.
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    O mapa extraído via google maps (05/2010), sugestiona os caminhos e estações  de trens que circularam no perímetro urbano entre 1874 e 1950, sem pretender uma precisão de percurso, atualmente não há vestígio de linha nestes trajetos.

10.1  Mapa de 1930

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Fotografia, e 05/2010,  do mapa que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho

 Observa-se o ponto mais escurecido no centro do mapa a localização da estação férrea central localizada na Rua Volutário da Pátria, com ramificações em direção ao Gazômetro, area portuária e bairro Navegantes.


10.2       Mapa de 1926

clip_image076[4]clip_image078[4]clip_image080[4] Fotografia do mapa que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho 05.2010

  Reprodução em 3 partes para demonstrar o percurso da viação férrea em 1926. Neste mapa ainda não consta a ligação da estação Idelfonso Pinto com a estação central. Aparece a linha até a praia da Pedra Redonda e até a Estação Vilanova. A digitalização fotografica, foi efetuada do documento que se encontra junto ao Arquivo Histórico Moises Velinho, em 05 de maio de 2010.

10.3 Mapa de 1916

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Fotografia do mapa que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho 05.2010



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Fotografia do mapa que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho 05.2010.

 Identifica-se no mapa de 1916 a linha férrea que circunda o Guaiba pela rua Praia de Belas, em época que não havia aterro, percurso registrado até o asilo, hoje avenida Padre Cacique.

10.4 Mapa de 1896

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Fotografia do mapa que se encontra no Arquivo Historico Moyses Velinho 05.2010.

Levantamento orográfico, de Porto Alegre aparece registrada a linha férrea que sai da Barra do Riacho  em direção a Ponta do Dionísio.

11 Memória fotográfica

      A fotografia é um instrumento que nos faz viajar no tempo e através destes quadros de imagens podem-se formar idéias de como foi este período e constatar como foram criado estes caminhos.

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Foto sem data encontra-se no mural do Museu de Comunicação Hipólito José da Costa. Registra trilhos, em uma época sem rede elétrica, provavelmente para trens ou bondes com tração animal, ou a vapor. A Rua Voluntário da Pátria, daquela época era onde se situava  ou passava a linha férrea.

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Foto de 1900, que se encontra no Mural do Museu de Comunicação José Hipólito da Costa, registra trilhos na Rua dos Andradas, destinados a circulação de bondes, provavelmente.
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Acima: corte no bairro Assunção



A foto com os dizeres corte no bairro Assunção refere-se ao trecho denominado Vila conceição, entre os bairros Tristeza e Pedra Redonda com 800 metros de comprimento e 10 de altura entre paredes de granito levaram três anos para ser construído. Adiante constam algumas fotos recentes do local. A foto também é publicada no livro Historia das Ferrovias.

Seqüência de fotos tirada, pelo autor, em 04.2010 de um trecho onde passava a estrada de ferro no lugar denominado Vila Conceição, escavado em solo rochoso, com mais ou menos 10 metros de profundidade, onde hoje passa o esgoto ou parte de tubulação de esgoto que fazem saneamento de vilas nas duas extremidades. Conforme declaração de um morador anônimo, da vila, com 10 anos de lugar, sabe que existiu uma linha de trem, mas desconhece quando os trilhos foram retirados e tem conhecimento que o lugar é tombado ou preservado de construções, relatou que a prefeitura escavou para colocação da rede de esgoto.
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Foto do autor tirada em 05/2010- com máquina Sony digital
Primeira foto mostra o paredão de rochas, e foi tirada de cima da ponte em direção a avenida que ali passa.
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Foto do autor tirada em 05/2010- com máquina Sony digital

Foto tirada em direção da praia da Pedra Redonda, e identifica a situação que se encontra.
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Foto do autor tirada em 05/2010- com máquina Sony digital

Trecho tirado da ponte em direção a cidade.
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Foto do autor tirada em 05/2010- com máquina Sony digital

Placa Comemorativa: Vila Conceição 1930.
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Foto do autor tirada em 05/2010- com máquina Sony digital

Ponte construída sobre o vão e que dá acesso a Vila Conceição.

12 Conclusão
Há alguns registros que os trilhos começaram com a iniciativa de um comerciante, em trilhos provavelmente de madeiras e com tração animal, porém o relato demandaria de uma pesquisa e documentação, mas que ora não foi contemplado. Não se pretende por fim as pesquisas nem a relacionar todas as fotográficas que existem ou virão a tona em novas pesquisas, mas sim proporcionar curiosidade e levantar um tema que está na lembrança da comunidade local - “já ouvi falar do trenzinho da tristeza” – são tênues as lembranças, mas ainda resistem ao tempo.
A Cidade por certo evolui, mas de alguma maneira resiste ao apagamento de suas memórias provocado pelo progresso ocasionado pelo voraz capitalismo e pela ansiedade de uma sociedade que busca o conforto do moderno. Esta sociedade embora voraz é vencida em muitas ocasiões pela força da cidade que mantém em seus arquivos museus registros escritos ou fotográficos, traços de seu passado  e quanto mais abraça sua população mais preserva  seu passado pois sempre haverá um seu admirador que guardará um foto na gaveta, um lugar na sua lembrança, uma imagem de lugar qualquer de seu espaço.
É simples concluir que os traços históricos da cidade são armazenados em algum lugar mesmo que necessidades de mudanças, catástrofes, demolições, vandalismos, apague alguns rastros. Os dos trilhos aqui comentados, tem lembranças em muitos registros, em vários suportes, talvez pouco divulgados, mas os que existem revitalizam as memórias e revivem períodos que marcaram época e moda, e proporcionaram progressos para a cidade.

ABSTRACT
This report describes a brief history of the life of the railway line Clay Creek, built for the transport of cleanliness of the city, extending the service charges and conduct of passengers. Element developer's development area south of the city was deconstructed to present deficit and the unnecessary transportation of sanitary cubes removed by urbanization of the city. The object of this study is to identify traces in cuttings to determine if the city and preserve their memories. The method was used to research from sources guardians of the city's history: archives and museums to consult the web sites, visits to places where there were probably the rails. Results finally at a conclusion that the City moves forward on its capitalist modernization, changing its landscape erases traces but somehow keep records that enable recall or reconstruct their past.
Key words: railway. Train station

Referências

A Federação, 1872, 1926 – Museu de Comunicação Hipólito José da Costa, pesquisa realizada em abril de 2010.


FERRARI, Régulo Franquine.  Em resposta ao Blog. 14 abr. 2010. Machado, Janete da Rocha. História da via férrea na zona sul (2) - trilhos até a tristeza. Disponível em: <http://wp.clicrbs.com.br/zhzonasul/2010/04/05/historia-da-via-ferrea-na-zona-sul-2-trilhos-ate-a-tristeza/#comments> Acesso em: 01 maio 2010.

Google . Porto Alegre . Disponível em: http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl Acesso em: 01 maio 2010.

DIAS, Jose Roberto de Souza. Caminhos de Ferro do Rio Grande do Sul. Ed. Rios, 1986 – 210 p


GIESBRECHT, Ralph Mennucci. Estações Ferroviarias  do Brasil. Disponível em: http://www.estacoesferroviarias.com.br/rs_linhaspoa/riacho.htm  Acesso em 20 abr.2010.


LIndenmayer, Maecos (org). Fotos do Album de Porto Alegre 1860-1930. Ed. Nova Roma, 2002.


MACHADO, Janete da Rocha. História da via férrea na zona sul (1) - a ponta do asseio. Disponível em : <http://wp.clicrbs.com.br/zhzonasul/2010/03/29/historia-da-via-ferrea-na-zona-sul-1-a-ponta-do-asseio/?topo=77,1,1> Acesso em: 30 abr.2010.

MAGALHÃES, Carmem Cecília. Estrada de ferro a ponta do Dionísio: Locomotiva  01 trajeto Gasômetro/Tristeza. (19--). Pesquisa encontra-se a disposição no Museu de Comunicação Hipólito Jose da Costa.

MARQUES, Olavo Ramalho.  As transformações no cenário urbano em porto alegre: uma etnografia da lembrança. Disponível em: http://www.iluminuras.ufrgs.br/artigos/2003-08-transformacoes-cenario.pdf   Acesso em: 01 maio 2010.

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PORTOIMAGEM.  Zona-sul de Porto Alegre. http://portoimagem.wordpress.com/2010/04/05/zona-sul-de-porto-alegre-ja-teve-trem-quase-na-orla/  mAcesso em: 12/08/2010. 

WIKIPEDIA. Trilhos. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Trilhos Acesso em: 15 abr. 2010.



Fontes de Pesquisa

Museu de Comunicação social  Hipólito Jose da Costa

Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul

Arquivo Histórico Moises Velinho

Visitação Bairro Tristeza e Vila Conceição, para apuração in loco.

Jornal do Comércio de 1899 – não se observou noticias em reportagem sobre a viação férrea








*              Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Historia do Rio Grande do Sul Aplicada a Ciência da Informação (BIB03202), ministrada pela Professora Lizete Dias de Oliveira. Porto Alegre, junho de 2010. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com. Cópias deste trabalho foram entregues a mais de uma pessoa.
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