Pesquisar neste blog

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

ARTE ou mercadoria

RESENHA
ARTE ou mercadoria
Rogerio Carlos Petrini de Almeida1

 O texto “O mercado da Arte Classificada” vem nos trazer uma visão do mercado que é formado em torno das obras que estão inseridas como o patrimônio histórico. A raridade a individualidade a arte única se constituem bens raros e podem representar valores numerários heterogêneos de pequena a grande fortuna. Há Museus que tem as obras como parte do patrimônio nacional, retirando-as do mercado, mas permanecendo para apreciação do público ou em reserva técnica; outros Museus tem possibilidade de colocá-las a vendas, em leilões, a níveis elevado de mercado. O que se constata é um mercado singular e de alto valor monetário, com regulamentação da política de cada país e nas mãos de poucos marchands. A autora revela que muitas das obras aqui classificadas não são datadas ou assinadas cuja identificação necessita da avaliação de peritos (pintores de arte, marchands, historiadores de arte, conservadores de museu, peritos independente), que utilizam vários métodos e conhecimentos e estes pareceres influenciam ou determinam uma monetarização da obra, que podem ou estão sujeitas a uma reclassificação sucessiva e a revisão de valores diante dos mecanismos contemporâneos que se apresentam.
           A autora no título “O Mercado da Arte Contemporânea”a segmentação do mercado arte figurativa tradicional- amplo e estável, e, o da arte em suas múltiplas especialidades – estreito e evolutivo. Neste novo mercado as obras se dirigem para o valor decorativo e não para o valor histórico, estão voltadas ao mercado de venda. O marketing é atuante e o artista é escolhido em razão de aquisição da clientela. A arte contemporânea tem seu nascimento na década de 1960, onde surgem uma caracterização estética de vanguarda, da criação associada a tradição moderna. A expressão esta sendo mudada de “arte contemporânea” para “arte atual”. O mercado se encontra nas mãos do marchand empreendedor e no mundo de galerias que balizam o território artístico e fixam tendências dominantes. As manifestações internacionais contribuem para a escolha e aquisição dos colecionadores e museus e na qualificação dos criadores. Os museus de arte contemporâneas são os lugares de validação de arte ou que sejam percebidas como arte, o que intervém no seu valor monetário. A arte contemporânea, também, passa por perícia não só para a sua autenticidade, mas para verificação da existência enquanto arte.
           A autora compara o mercado da arte com o mercado de Bolsa, considera o mercado da arte omo um mercado de leilões com um número de compradores reduzidos e a oferta, um monopólio, devido sua unicidade ou raridade; enquanto o mercado de Bolsa tem múltiplos compradores e vendedores. O mercado de arte não apresenta transparência ou realidade da transação, enquanto o de Bolsa tem esta particularidade. O comparativo de rentabilidade está colocado, porém os ativos são diferentes e com diferentes tipo de consumidor e variáveis e elasticidade de tempos em cada tipo.
Assimila-se pelo texto que o mercado de arte contemporânea tem suas características próprias, e, está ancorado por galerias e marchands e mecenato, sendo o papel dos museus crucial no entorno deste mercado por vezes influenciando no valor monetário ou na consagração do criador e sua arte .

REFERÊNCIA
MOULIN, Raymonde. O mercado da arte: mundialização e novas tecnologias. Porto Alegre: Zouk. 1 e. 13-38 p.2007.
1Aluno do Curso de Biblioteconomia – FABICO / UFRGS. Trabalho realizado como pré-requisito para avaliação da disciplina de Museologia e Arte (BIB03213), ministrada pela Professora Marlise Giovanaz. Porto Alegre, outubro de 2010. E-mail: rogério_petrini@hotmail.com.


Nenhum comentário:

Postar um comentário